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terça-feira, 15 de outubro de 2024
política

Prefeita Fabíola tem candidatura cassada por propaganda em culto

A campanha alegou ser alvo de perseguição religiosa

Postado em 20 de setembro de 2024 por Yasmin Farias
Prefeita Fabíola Alves, que foi cassada por propaganda ilegal em culto
Foto: Reprodução/Instagram.

A Prefeita Fabíola Alves teve sua canditatura cassada pela Justiça Eleitoral, que a declarou inelegível nesta quinta-feira (19/9). Fabíola, que é atual prefeita de Votorantim, busca a reeleição ao lado de seu vice, Lourival, que também teve sua candidatura cassada. A decisão da Justiça se baseou, em grande parte, na participação de ambos em um culto, onde discursaram por 20 minutos após o “Culto Especial das Mulheres”. Além disso, eles estavam acompanhados do vereador Pastor Lilo (MDB), que também tenta a reeleição.

Acusações de irregularidade

Entretanto, a gestão de Fabíola enfrenta sérias acusações, incluindo um aumento de 34,10% no aluguel de um imóvel da Igreja Quadrangular do Reino de Deus, onde funciona a Escola de Música da Secretaria Municipal de Cultura. Para se ter uma ideia, de julho de 2015 até julho de 2024, a Prefeitura pagou R$ 13.000,00 de aluguel. Contudo, em julho de 2024, esse valor saltou para R$ 19.500,00, sem justificativa adequada. Nesse contexto, a coligação de oposição, formada por PP, PDT, União Brasil, PSD e PSB, denunciou essa situação. O Ministério Público Eleitoral, por sua vez, apoiou a ação, o que culminou na decisão da Justiça.

Consequências da Decisão

Ademais, a combinação do uso da igreja para propaganda eleitoral e o aumento injustificado do aluguel resultaram na condenação por abuso de poder. Consequentemente, Fabíola foi cassada e se tornou inelegível por oito anos. Além disso, Pastor Lilo também foi condenado, enquanto Lourival teve apenas sua candidatura cassada.

Reação da Coligação

Por outro lado, a coligação que representa Fabíola, Lourival e o vereador, intitulada “Pra Votorantim Eu Digo Sim”, nega as acusações e afirma que a punição foi desproporcional. Eles, portanto, planejam recorrer da decisão, alegando que estão sendo alvo de uma perseguição religiosa, com o intuito de desequilibrar o cenário eleitoral. Até o momento, a campanha não explicou o aumento do aluguel, o que gera ainda mais controvérsias e questionamentos sobre a transparência da administração municipal.

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