Família crítica Marçal por expor criança nas redes sociais
Segundo a família, as declarações de Marçal geraram bullying, e os colegas passaram a chamar o menino de analfabeto
A família de um garoto de 11 anos está indignada com a exposição que Pablo Marçal (PRTB), candidato à Prefeitura de São Paulo, fez nas redes sociais e em um programa de TV. Nos vídeos, o influenciador expressa sua frustração ao perceber que um menino dessa idade não consegue “escrever”.
Segundo a família, as declarações de Marçal geraram bullying, e os colegas passaram a chamar o menino de analfabeto. O incidente ocorreu na semana passada, durante um evento de campanha de Marçal na zona norte de São Paulo. Durante uma caminhada, o candidato pediu que os meninos que o acompanhavam assinassem o gesso em seu braço. Ele usa esse gesso desde que levou uma cadeirada de José Luiz Datena (PSDB) em um debate na TV Cultura.
Marçal pediu ao garoto que escrevesse o nome do bairro Morro Doce, na periferia de Perus. A criança demonstrou dificuldades para escrever, e o candidato começou a soletrar as palavras. Ele gravou a cena e compartilhou nas redes sociais, além de comentá-la em uma entrevista à Band News.
Marçal usa essa situação para ilustrar “o péssimo ensino no Brasil” e afirma que a situação do menino, a quem se referiu pelo nome, “partiu seu coração”. Ele comentou: “Poxa, mano, um garoto de 11 anos de idade não está conseguindo escrever”.
O advogado da família, Vlademir da Mata Bezerra, revelou que a criança é diagnosticada com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e está em tratamento psicológico. O garoto aguarda uma avaliação de um neurologista para confirmar seu diagnóstico, que também indica autismo.