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segunda-feira, 14 de outubro de 2024
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Preconceito

Casal gay é espancado em banheiro de bar por 8 homens; eles afirmam homofobia

Caso aconteceu em Ceilândia Sul, no Distrito Federal

Postado em 1 de outubro de 2024 por Otavio Augusto
Homem gay espancado. Foto: Divulgação

Na madrugada desta terça-feira (1º/10), Bruno Vieira de Miranda e seu namorado, Luís Carlos Gomes, sofreram agressões de um grupo de oito homens no bar Original Eskina Bae, em Ceilândia Sul, no Distrito Federal. O casal relatou que as agressões começaram após a recusa em dançar com um dos agressores. Eles afirmaram que o ataque foi motivado por homofobia.

Agressões começaram após recusa de convite para dançar

Bruno e Luís Carlos aproveitaram a noite com amigos e colegas de trabalho quando perceberam que um homem desconhecido os observava e fazia comentários desrespeitosos. Em determinado momento, o agressor convidou Luís para dançar perto do palco. Após a recusa educada, o homem reagiu com insultos e partiu para cima do casal.

De acordo com Bruno, o agressor começou a gritar frases ofensivas, gerando uma discussão entre ele e Luís Carlos. A situação rapidamente se transformou em empurrões. Os oito homens arrastaram o casal para dentro do banheiro do bar, onde começaram a espancá-los com socos e chutes. As agressões duraram alguns minutos até que a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) chegou para conter a briga.

Contudo, Bruno afirmou que, apesar da intervenção da polícia, os envolvidos não foram levados à delegacia, pois os policiais seguiram para atender a outras ocorrências. Como resultado das agressões, Bruno precisou de quatro pontos na testa e três na cabeça. Luís Carlos sofreu ferimentos nas costas e levou quatro pontos no pé.

“Eu fico muito triste porque não imaginava que algo assim aconteceria comigo”, desabafou Bruno. “Sempre soube me portar em qualquer lugar que vou. Isso é inadmissível, e eu espero que a justiça seja feita.”

Além disso, o casal registrou um boletim de ocorrência na Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa, ou por Orientação Sexual (Decrin). A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) já identificou um dos suspeitos e continua investigando o caso.

Pronunciamento do bar

Por fim, em nota, o Original Eskina Bae se manifestou sobre o incidente. Posteriormente, o bar afirmou que não tolera discriminação e que o ocorrido não reflete o ambiente do local, que recebe diversos públicos, incluindo o LGBTQIA+. O estabelecimento se colocou à disposição para colaborar com a investigação e lamentou o ocorrido, reiterando seu compromisso com seus clientes e a vítima.

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