Com eleição da mesa ‘suspensa’, Romário diz que foco está em ajudar Mabel
Presidente da Câmara Municipal de Goiânia é interlocutor dos vereadores junto ao candidato da base governista
Presidente da Câmara Municipal de Goiânia, o vereador Romário Policarpo (PRD) não pensa em reeleição ou sucessão neste momento. A preocupação do parlamentar é eleger o candidato à prefeitura Sandro Mabel (União Brasil).
Mabel, que é o candidato do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), foi surpreendido no último dia 6 de outubro com o segundo lugar na votação. Ele foi superado por Fred Rodrigues (PL), nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa.
O candidato do PL conseguiu 31,14% dos votos válidos, ou seja, 214.253 eleitores, contra 27,66% (190.278) de Mabel. Antes das urnas serem abertas, existia a expectativa de que o candidato do União Brasil liderasse e que a adversária fosse a deputada federal Adriana Accorsi (PT), que terminou em terceiro, com 24,44% (168.145).
Romário não fala em sucessão. Sem prefeito, não se define presidência é a máxima adotada. Em terceiro mandato, ele teve na Justiça o aval para um quarto mandato, caso queira.
O Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu o dia 7 de janeiro de 2021 como marco temporal para eleição das Mesas Diretoras do Legislativo municipal, estadual e federal. Logo, a eleição do segundo biênio da 19ª Legislatura, de setembro de 2021, quando Policarpo foi eleito por unanimidade, contou como a primeira. Dessa forma, o vereador pode concorrer e ser eleito para o quarto mandato consecutivo.
Apesar da discussão sobre a nova mesa diretora estar suspensa, nos bastidores ele é visto como favorito. Além dele, o MDB, maior bancada eleita da Casa, com oito vereadores, teria como pré-candidato Lucas Vergílio.
Contudo, existe um “porém”. Lucas Vergílio pegou a última vaga do MDB na Câmara. Isso, porque existem cerca de 2 mil votos sub judice (em julgamento) do PRD. Caso a lei seja favorável ao partido de Romário, o emedebista cai e a legenda do presidente ganha mais uma cadeira, chegando a quatro.
Outro citado do MDB seria Henrique Alves. Mas ele é visto com menos poder de aglutinação que Romário. Há, ainda, Thialu Guiotti (Avante), que “corre por fora”, conforme fontes de dentro da Câmara Municipal.
Depende do prefeito?
A eleição do prefeito pode impactar o páreo. Mas, ainda assim, Romário é visto como potência. O presidente já tem bom trânsito com os 26 vereadores que se reelegeram, além de ter fama de ser “bom cumpridor de palavra” e de “dividir o poder”.
Hoje, Romário também tem sido o interlocutor dos vereadores junto a Mabel. Por meio dele, os parlamentares auxiliam a campanha do empresário. Porém, é preciso dizer que o MDB, que ficou sem vaga na chapa, também espera um prêmio de consolação, que seria a presidência da mesa. Mas isso não é garantia. Até porque Policarpo foi o vereador mais bem votado da base, com 11.496 eleitores.
Em um cenário onde Fred Rodrigues seja eleito, há, também, a possibilidade de Major Vitor Hugo tentar o páreo. O ex-deputado federal foi o campeão de votos dessa eleição, com 15.678. Claro, o fato de ser “iniciante” pesa, especialmente nas articulações