92% das empresas no Reino Unido aprovam escala 4×3, afirma pesquisa
Estudo sobre a semana de quatro dias reuniu 61 empresas, das quais 56 optaram por continuar com a jornada reduzida
A escala 4×3, que prevê quatro dias de trabalho seguidos por três dias de descanso, está ganhando espaço nas discussões sobre práticas de trabalho no Brasil.
Embora pouco comum no mercado nacional, o modelo tem sido considerado como uma alternativa para melhorar o bem-estar, a produtividade e a qualidade de vida dos funcionários.
O sistema é amplamente adotado e testado em países como Reino Unido, Estados Unidos, Espanha e Austrália, e recentemente começou a ser experimentado no Brasil.
Leia mais: Pec do fim da escala 6×1 propõe mais descanso e mais vida
A iniciativa é parte de uma parceria entre a consultoria Reconnect Happiness e a organização internacional 4 Day Week Global, que promove modelos de jornada reduzida.
Projeto Piloto de escala 4×3 no Reino Unido
O maior estudo sobre a semana de quatro dias foi conduzido no Reino Unido e revelou, em fevereiro de 2023, resultados amplamente positivos.
Com a participação de 61 empresas, 92% delas decidiram manter a jornada reduzida após o término do piloto. O programa foi apoiado pelo think tank Autonomy, em parceria com pesquisadores da Universidade de Cambridge e do Boston College, nos EUA, que analisaram as mudanças no desempenho e bem-estar dos funcionários. Entre as conclusões principais do estudo, destacam-se:
Continuidade da escala 4×3: Das 61 empresas, 56 optaram por manter a semana de quatro dias, e 18 decidiram implementá-la permanentemente, com a manutenção dos salários.
Redução de estresse e Burnout: Durante o período de seis meses, 71% dos funcionários relataram menos esgotamento, enquanto índices de ansiedade, fadiga e problemas de sono também diminuíram.
Melhora na saúde e bem-estar: Houve avanços significativos na saúde mental e física, com mais facilidade para equilibrar vida profissional e compromissos familiares.
Impacto positivo na produtividade: A receita média das empresas aumentou em 1,4%, enquanto a probabilidade de pedidos de demissão caiu 57% e os dias de licença médica reduziram 65%.