Pacote fiscal alimenta especulações sobre Haddad como candidato do PT em 2026
Oposição vê possível articulação de Lula para sucessão presidencial
Parlamentares da oposição estão atentos à estratégia do governo Lula (PT) ao escalar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para apresentar em rede nacional o pacote de políticas fiscais na noite de quarta-feira (27/11).
A medida, que incluiu o anúncio de cortes de R$ 70 bilhões e a ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, foi vista como um movimento estratégico com possíveis implicações eleitorais.
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A inclusão da taxação de “super-ricos” no pacote fiscal e a centralidade de Haddad na comunicação geraram críticas de parlamentares, que classificaram o ato como uma “apresentação eleitoreira” do ministro. “No programa, só faltou a estrelinha do PT e o número”, ironizou um parlamentar da oposição.
Especulações sobre Haddad
Entre os congressistas, crescem as especulações de que Lula estaria preparando o terreno para lançar Haddad como candidato do PT à sucessão presidencial em 2026.
Essa análise ganha força diante da inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro e da necessidade do PT de consolidar uma liderança para o próximo pleito.
“O cenário muda se o entendimento for de que Haddad será o candidato. Nesse caso, ele automaticamente se torna alvo prioritário da oposição”, avaliou um deputado. A centralidade de Haddad em um anúncio de alto impacto reforça essa percepção, segundo adversários políticos.
O discurso em rede nacional também foi interpretado como uma tentativa de reforçar a imagem de Haddad como gestor técnico e capaz de articular políticas fiscais equilibradas, ao mesmo tempo em que busca consolidar o apoio das bases ao governo Lula.