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terça-feira, 17 de dezembro de 2024
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Após decisão

Governistas não consideram manutenção da inelegibilidade de Caiado

Ainda que o governador respeite a decisão, entendimento comum nos corredores do Palácio é que a defesa deve garantir  revisão do entendimento da juíza que o tornou inelegível

Postado em 17 de dezembro de 2024 por Felipe Cardoso
Palácio Pedro Ludovico Teixeira Foto Divulgação
Palácio Pedro Ludovico Teixeira Foto Divulgação

Integrantes do alto escalão da cúpula governista acreditam que a decisão que cassou a chapa eleita em Goiânia e tornou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), inelegível deve ser revertida. Segundo um interlocutor do Governo, ainda que o governador respeite a decisão judicial, o entendimento comum nos corredores do Palácio é que a defesa irá buscar com afinco a revisão do entendimento da juíza Maria Umbelina, do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO). 

Conforme mostrado pelo O Hoje, a Justiça alega que Caiado teria abusado do poder político ao sediar eventos da campanha no Palácio das Esmeraldas e atrelar o candidato escolhido em eventos do governo estadual. Com isso, o TRE também afirma que a chapa eleita, encabeçada por Sandro Mabel (União Brasil) e Cláudia Lira (Avante), teria sido diretamente beneficiada. 

O argumento dos palacianos que conversaram com a reportagem e que acreditam que num futuro não muito distante a decisão da magistrada será revertida, vai na esteira do que foi apresentado pelo governador durante coletiva de imprensa na semana passada. A posição comum é que o gestor jamais utilizou do Palácio das Esmeraldas, residência oficial do governador, como palanque político. E mais: que não teria feito nada diferente do que já foi feito por outros gestores como: José Eliton, Marconi Perillo, Dilma Rousseff, Michel Temer, Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva. 

Outro ponto que a justiça alega são jantares em portas fechadas entre a chapa eleita, o governador, líderes políticos e representantes do Estado no Palácio das Esmeraldas. “O bem imóvel utilizado pelo investigado Ronaldo Caiado para a realização dos eventos constitui bem público de uso especial nos termos do artigo 99, inciso II, do Código Civil Brasileiro. As imagens dos vídeos que instruem a inicial demonstram que o ambiente estava preparado para a oferta de alimentos e bebidas aos convidados e, contava inclusive com decoração”, informa o trecho do texto.

Leia mais: Caiado e Mabel se manifestam sobre pedido de cassação da chapa e inelegibilidade

Caiado explicou que os jantares realizados na sede do governo goiano nos dias 7 e 9 de outubro tiveram como principal motivação o “colapso” na saúde pública de Goiânia. O governador confirmou que convidou vereadores eleitos e suplentes para comparecer ao Palácio das Esmeraldas, mas destacou que o objetivo do encontro era tratar de um “assunto extremamente delicado” naquele momento. Ele mencionou as crises enfrentadas pela capital, como problemas no sistema de saúde, acúmulo de lixo, aumento dos casos de dengue, atrasos nos pagamentos aos hospitais e a falta de merenda nas escolas.

“A reunião existiu, mas não foi para fazer campanha eleitoral. Foi uma reunião fechada, motivada pela preocupação com o caos em Goiânia. Não há nenhuma ilegalidade em discutir problemas tão graves”, declarou o governador dizendo que considera a decisão da justiça “exagerada”, mas que a respeita.

Em paralelo à decisão, Caiado tem mantido posição de pré-candidato à presidência da República em 2026. O governador aproveitou o encontro com jornalistas, que se reuniram em coletiva de imprensa para repercutir a decisão na semana passada, que pretende lançar oficialmente sua pré-candidatura à presidência já no início de 2025. “Depois do Carnaval, entre março e maio, estarei lançando minha candidatura pela União Brasil. Tenho participado de diversos eventos nacionais”, estimou. 

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