STF forma maioria para condenar cabeleireira que pichou estátua no 8/1
A votação acontece em plenário virtual e vai até o dia 6 de maio

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta sexta-feira (25) para condenar a cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, acusada de pichar com batom a frase “Perdeu, mané” na estátua A Justiça, em frente à sede da Suprema Corte.
O julgamento foi suspenso em março, após pedido de vista do ministro Luiz Fux. O colegiado registra 4 votos a 0 pela condenação de Débora — apenas a ministra Cármen Lúcia não votou.
Réu por abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado, a cabeleireira recebeu diferentes penas dos magistrados.
Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram pela condenação de 14 anos de prisão. Cristiano Zanin votou pela condenação a 11 anos, enquanto Fux votou para que Débora cumpra 1 ano e 6 meses de prisão, já que o ministro absolveu a mulher nos crimes contra a democracia.
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Em sua justificativa, Fux garantiu: “O que se colhe dos autos é a prova única de que a ré esteve em Brasília, na Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro de 2023 e que confessadamente escreveu os dizeres “Perdeu, Mané” na estátua já referida”.
A votação acontece em plenário virtual e vai até o dia 6 de maio.