Desgaste entre Paço e Câmara é insustentável para Mabel
A aprovação do projeto que revoga a “Taxa do Lixo” em primeira votação é um sintoma visível do derretimento da base do prefeito na Casa
Até o início da tramitação da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Limpa Gyn, a gestão do prefeito Sandro Mabel (União Brasil) enfrentava pouca resistência na Câmara Municipal. Desde lá para cá, a relação entre o Paço e o Legislativo goianiense, sobretudo com os vereadores que pertencem (ou pertenciam) à base do prefeito, tem sofrido um desgaste que, cada vez mais, cresce exponencialmente.
A aprovação do projeto que revoga a “Taxa do Lixo” em primeira votação é um sintoma visível do derretimento da base do prefeito na Casa. Até aqui, as matérias em prol do Executivo não sofreram resistências da base na Câmara, porém, com a atual situação de ruptura entre vereadores e Mabel, nada está garantido para o gestor da Capital. O momento turbulento mostra a fragilidade da aglutinação política em torno do prefeito, que enfraqueceu na primeira discordância.
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O chefe do Executivo municipal tem a missão de estancar a sangria com os vereadores, visto que o desgaste maior é sempre do Executivo. O preço disso? Dependerá das negociações entre as partes. O fato é que, se não houver um realinhamento do prefeito com a Câmara, a gestão do prefeito, que ainda está em seu primeiro ano, pode sofrer danos irreversíveis.