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sábado, 6 de dezembro de 2025
Câmara Municipal

CEI da Limpa Gyn aprova primeiras convocações para depoimentos 

Comissão convoca gestores da empresa, fiscais do contrato e representantes de cooperativas; Aava Santiago (PSDB) vê “tentativa de obstrução” nas investigações por parte do consórcio

Thiago Borgespor Thiago Borges em 24 de setembro de 2025
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Foto: Reprodução

Na terceira reunião ordinária da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga o contrato do consórcio Limpa Gyn com a Prefeitura de Goiânia, na última terça-feira (23), os vereadores que compõem o colegiado aprovaram as primeiras convocações para depoimentos no colegiado. 

Os requerimentos foram apresentados em conjunto pelo presidente da CEI, vereador Welton Lemos (Solidariedade), e a vice-presidente, vereadora Aava Santiago (PSDB), para convocar os gestores da empresa, os fiscais do contrato e os representantes das cooperativas de lixo reciclável que recebem material do consórcio. Entre os convocados está o diretor-executivo da Limpa Gyn, Renan Andrade.

As convocações foram aprovadas por unanimidade, mas geraram discordâncias. Os parlamentares Juarez Lopes (PDT) e Fabrício Rosa (PT) questionaram o motivo das convocações, já que os documentos enviados pelo consórcio — que totalizam mais de 6 mil páginas — foram encaminhados apenas no fim da tarde da última segunda-feira (22) e ainda não estavam disponibilizados para os vereadores. Em resposta, Lemos afirmou que as convocações são para dar celeridade ao processo da CEI. Willian Veloso (PL), relator da comissão, referendou o argumento do presidente e disse que não houve tempo hábil para que os parlamentares analisassem detalhadamente os documentos.

Em conversa com a imprensa, o presidente da comissão disse que a convocação é “de algumas pessoas que a participação é importante para elucidação de situações”. Lemos garantiu que a expectativa é que alguns convocados prestem depoimentos já na próxima reunião. “São várias as reclamações, então queremos ouvi-los”, destacou o vereador.

Lemos ainda explicou que a CEI não será “pautada por ingestão de A ou B e nem por interesses pessoais”. “Vamos fazer um trabalho isento, sério, técnico e sem expor as pessoas. Não seremos pautados para trabalharmos de forma açodada”, explicou o presidente da comissão.

Durante a reunião, o presidente da CEI ainda revelou que irá, junto aos vereadores, visitar o aterro sanitário da Capital na próxima sexta-feira (26). A visita será para averiguar as conduções do trabalho no aterro.

“Tentativa de obstrução”

Já Aava tratou da quantidade excessiva de documentação “para responder perguntas simples”. Segundo a vereadora, há uma “tentativa de obstrução dos trabalhos da CEI”. A parlamentar alegou que é necessário “garimpar” informações para ter mais esclarecimentos.

“Na medida em que nós apresentamos requerimentos com pedidos de esclarecimentos que são simples, que poderiam ser respondidos em uma planilha simples, a gente tem observado uma tentativa de dificultar ao máximo o entendimento dessas informações”, disparou a vereadora.

A parlamentar ainda ressaltou a importância de “não perder a capacidade de se chocar com os números”. “O contrato determina o pagamento de R$ 210 por metro de varrição na Avenida Universitária, R$ 170 o metro da varrição na Avenida Anhanguera para passar o caminhão todos os dias. E isso não está acontecendo”, afirmou a tucana. (Especial para O HOJE)

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