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quinta-feira, 4 de dezembro de 2025
OPINIÃO

Rodovias suspensas pelo STF serão feitas pelo Estado apesar do STF

Caiado vai aproveitar o período chuvoso para fazer as licitações e, informa Pedro Sales, as obras não serão atrasadas

Nilson Gomespor Nilson Gomes em 15 de outubro de 2025
Rodovias
Foto: Silvano Vital e Cristiano Oliveira

Quem torceu contra as rodovias do Sudoeste goiano deve ter transformado as comemorações em angústia. Pedro Sales, presidente da Goinfra, a agência que cuida das obras estaduais, diz que o governador Ronaldo Caiado vai continuar a fazer as GOs suspensas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

 

Não significa que considere perdida a verdadeira guerra armada contra a parceria com os produtores rurais. O plenário do STF, com seus 11 integrantes, pode ser iluminado pela possibilidade de animar quem os sustenta.

 

Pelas rodovias federais, estaduais e vicinais goianas são transportadas as mercadorias que equilibram a Balança Comercial Brasileira. Entre Itumbiara, no Sul, e Santa Rita do Araguaia, na divisa com Mato Grosso, há BRs e GOs que abrigam mais alimentos que a Europa inteira. Mesmo as vias de mão única recebem no mínimo R$ 100 milhões por quilômetro. Quer dizer que nos 100km de Jataí a Mineiros já passaram R$ 10 bilhões? Já. Até mais.

 

Talvez por nunca terem saído da bolha em Brasília e ido até a lavoura e seus efeitos, os ministros não deem o devido valor a uma safra. Se fossem ao Sul/Sudoeste/Sudeste de Goiás e vissem o imenso número de carretas transitando com cana, grãos, algodão, gado… ah, quem não se convence com um movimentão de riquezas daqueles… Ou só odeia serviço.

 

Ao paralisar o aperfeiçoamento do sistema que começa na distribuição de semente no solo e termina no embarque nos portos, a Justiça precisa pesar: não é interpretar uma filigrana jurídica, é punir quem trabalha. Se houver trambique na aplicação dos recursos, que os bandidos sejam processados e presos. Porém, sem paralisar as máquinas e seus operadores. Tudo, menos punir o trabalho.

 

O Estado não teria o menor prejuízo em nada. Até agora, segundo Sales, foram repassados somente R$ 271 mil ao Ifag, o instituto que congrega quem produz. O temor do ministro Alexandre de Moraes, de aplicação criminosa dos recursos, não tem sequer a mínima chance de ocorrer: seria até impunível uma pessoa desviar o próprio dinheiro.

 

Quem contribui com o que a narrativa chama de “Taxa do Agro” é o produtor.

 

Seu 1,65% é enviado para um fundo do instituto que ele mesmo administra.

 

As obras são escolhidas por ele. Quem vai fazê-las, também.

 

Onde mora o perigo? O produtor conhece os problemas e a maneira de os resolver. 

 

Se imposto fosse bom não teria um nome horroroso desses. O mesmo vale para taxas e outros nomes desse horror. Ninguém gosta e não há razão para gostar.

 

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