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quarta-feira, 24 de dezembro de 2025
Cirurgia

Bolsonaro é internado para cirurgia sob regras impostas pelo STF

Ex-presidente foi internado nesta quarta-feira (24), em Brasília, para exames pré-operatórios antes de uma cirurgia de hérnia inguinal marcada para quinta (25). Moraes estabeleceu regras rígidas: vigilância 24h da PF, proibição de celulares e visitas restritas à esposa, Michelle

Paula Costapor Paula Costa em 24 de dezembro de 2025
Cirurgia
Ex-presidente é levado a hospital em Brasília com escolta da PF e segurança reforçada por ordem de Alexandre de Moraes. Crédito: Agência Brasil.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi internado na manhã desta quarta-feira (24), no Hospital DF Star, na Asa Sul de Brasília, para a realização de exames pré-operatórios antes de uma cirurgia para correção de uma hérnia inguinal bilateral, marcada para quinta-feira (25). A internação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após parecer favorável de médicos particulares e peritos da Polícia Federal.

Bolsonaro foi levado ao hospital por agentes da Polícia Federal por volta das 9h30, saindo da Superintendência da corporação na capital federal. Ele chegou acompanhado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, única pessoa autorizada a atuar como acompanhante oficial durante o período de internação.

A defesa do ex-presidente solicitou a internação antecipada para viabilizar a realização de exames clínicos e laboratoriais necessários antes do procedimento cirúrgico. O pedido foi analisado e deferido por Alexandre de Moraes, que impôs uma série de medidas de segurança e restrições durante a permanência de Bolsonaro no hospital.

Entre as determinações, está a vigilância ininterrupta, com a presença mínima de dois agentes da Polícia Federal posicionados na porta do quarto, além de equipes adicionais dentro e fora da unidade hospitalar. Também foi proibida a entrada de celulares e outros dispositivos eletrônicos no local, com exceção de equipamentos médicos indispensáveis ao tratamento.

O ministro ainda restringiu o regime de visitas. Embora a defesa tenha solicitado que os filhos Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) atuassem como acompanhantes secundários, apenas Michelle Bolsonaro recebeu autorização formal. Qualquer outra visita dependerá de aval prévio do STF, nos mesmos moldes adotados durante o período em que Bolsonaro permaneceu custodiado na sede da Polícia Federal.

A autorização para a cirurgia ocorreu após a apresentação de uma perícia médica determinada pelo próprio STF. O exame foi conduzido por peritos do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, depois que Moraes considerou desatualizados os laudos inicialmente apresentados pela defesa. A avaliação confirmou o diagnóstico de hérnia inguinal bilateral e indicou a necessidade de cirurgia eletiva.

Além da hérnia, o laudo pericial apontou um quadro persistente de soluços, relatado pelo ex-presidente durante a anamnese. Segundo os peritos, o problema tem provocado prejuízos ao sono e à alimentação, com possível comprometimento neurológico, o que reforçou a recomendação de realização do procedimento com brevidade.

De acordo com integrantes da equipe médica, a expectativa é de que a internação se estenda por um período entre cinco e sete dias, a depender da evolução clínica no pós-operatório.

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