Bolsa Universitária: 18 anos transformando vidas

O programa conquistou credibilidade e prestígio junto à sociedade em razão da transparência e seriedade dos critérios socioeconômicos de seleção dos beneficiados

Postado em: 29-04-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O programa conquistou credibilidade e prestígio junto à sociedade em razão da transparência e seriedade dos critérios socioeconômicos de seleção dos beneficiados

O ex-bolsista André Fernandes Evaristo, de 24 anos, concluiu o curso de Gastronomia em julho de 2016 e encarou logo o concorrido nicho no mercado de trabalho de Goiânia. Vencida a fase inicial de maior dificuldade, ele deslanchou profissionalmente e hoje se considera um chef prestigiado que tem no seu potencial e espírito empreendedor os principais ativos na carreira.

André teve o benefício da Bolsa (parcial) e afirma que se tornou chef de cozinha graças ao Programa Bolsa Universitária. Pouco tempo depois de formado, montou seu próprio Buffet. Atende como personal chef e coordena festas e eventos servindo comidas e se fazendo conhecer no meio em que atua. Ele não poupa palavras de agradecimento à Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), responsável pela execução do programa, pela oportunidade que teve de continuar os estudos e ter a tão sonhada formação profissional.

“Sou de Palminópolis (GO) e moro em Goiânia há quatro anos. As dificuldades são muitas para quem vem do interior para estudar e trabalhar sem ajuda da família. Eu jamais conseguiria chegar ao ponto em que cheguei sem a ajuda providencial da OVG”, afirma, agradecido.

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André é um dos 170 mil jovens contemplados pelo Programa Bolsa Universitária desde a sua criação. Iniciativa de forte caráter social ao investir na formação educacional e profissional de jovens com dificuldades financeiras para concluir os estudos, o programa completa neste mês de abril 18 anos de existência. Desenvolvido pelo governo do Estado por meio da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), o PBU exibe números representativos de sua capacidade de proporcionar ascensão social a milhares de jovens de baixa renda.

O programa conquistou credibilidade e prestígio junto à sociedade em razão da transparência e seriedade dos critérios socioeconômicos de seleção dos beneficiados. Além disso, o PBU conta com a confiança e atenção de parceiros e apoiadores em todo o Estado. A Bolsa Universitária tem hoje 75 instituições de ensino superior parceiras, sediadas em 32 municípios, e milhares de estudantes distribuídos em 224 municípios goianos. Há 17.262 bolsas ativas, das quais 15.477 parciais e 1.785 integrais.

O PBU tem cadastradas 1.200 entidades parceiras para o cumprimento da contrapartida, uma exigência de cunho humanitário feita aos bolsistas, que passam a atuar em instituições governamentais ou não governamentais, cumprindo jornada compatível com seus horários na escola ou no emprego.

Renda

O PBU foi estruturado de forma a contemplar os estudantes de acordo com seu nível de renda, favorecendo os que realmente precisam de apoio para estudar e obter o diploma de curso superior. A bolsa integral beneficia universitários com renda bruta familiar de até três salários mínimos. A bolsa parcial se destina àqueles com renda bruta familiar de até seis salários mínimos.

O programa busca parcerias para ampliar o leque de oportunidades aos bolsistas no mercado de trabalho. Nesse sentido, a OVG fez convênio com o CIEE para a realização da Feira do Estudante Expo CIEE Goiás. “A parceria visa facilitar a escolha dos estudantes sobre qual carreira seguir e possibilitar a integração com o mercado de trabalho através de estágios e vagas de aprendizagem e com as Instituições de Ensino Superior disponíveis no nosso Estado”, destaca a diretora do Programa Bolsa Universitária, Kelen Belucci.

Importância social

“A Bolsa Universitária é uma ação de governo de extrema importância para Goiás e está entre as prioridades da nossa gestão pela sua relevância social e pelos reflexos positivos no crescimento da economia goiana e na qualificação dos nossos jovens. É uma iniciativa de viés democrático porque abre oportunidades aos que lutam com dificuldades para estudar”, diz o governador Marconi Perillo.

Mais 4 mil novos alunos foram incluídos no PBU em fevereiro deste ano. Durante o evento de inclusão, o governador e a presidente de honra da OVG, Valéria Perillo, anunciaram a abertura de inscrições para mais 10 mil bolsas, a serem viabilizadas no segundo semestre de 2017. A meta é chegar a 200 mil beneficiados até 2018.

A presidente de honra da OVG, Valéria Perillo, afirma que, quando a Bolsa Universitária foi idealizada pelo Governo de Goiás por meio da OVG, em 1999, o objetivo era atender estudantes de baixa renda sem condições de pagamento de seus cursos em faculdades particulares. Dezoito   anos depois, o programa que é pioneiro do gênero no País, se expandiu “e sentimos que preparamos hoje o sucesso de amanhã para jovens que merecem uma oportunidade. Eles só querem a chance de concluir o curso superior, num mundo onde a qualidade se tornou essencial, a competitividade é a palavra de ordem e os primeiros lugares estão reservados aos melhores”.

O presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Educação Superior do Estado de Goiás (SEMESG), Jorge de Jesus Bernardo, considera a Bolsa Universitária um marco na educação em Goiás e no Brasil. Ele destaca que o programa contribui para o desenvolvimento socioeconômico de cada beneficiário e do seu grupo familiar. “Ganha o estudante, ganha a família e também as instituições de ensino superior que, ao se tornarem parceiras do Estado nessa jornada, demonstram qualidade de ensino, principalmente para manter o credenciamento, atendendo parâmetros de eficiência determinados pelo Ministério da Educação (MEC)”, pontua. (Goiás Agora) 

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