Greve Geral paralisa Goiânia e confrontos são marcados por violência

Transporte público ficou comprometido pela manhã. Maior parte da manifestação foi pacífica. Um jovem ficou ferido após confronto de mascarados com a Polícia Militar

Postado em: 29-04-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Greve Geral paralisa Goiânia e confrontos são marcados por violência
Transporte público ficou comprometido pela manhã. Maior parte da manifestação foi pacífica. Um jovem ficou ferido após confronto de mascarados com a Polícia Militar

Wilton Morais

O Brasil foi marcado, nesta última sexta-feira (28) pelas manifestações e paralisações, proporcionadas pela ‘Greve Geral’.  O Movimento é contrário às reformas da previdência e do trabalho, propostas pelo Governo Federal. Em Goiânia, conforme os organizadores, cerca de 15 mil pessoas participaram do ato. 

No início da manhã, as manifestações foram pacíficas. A população se reuniu logo pelas 8 horas, em frente à Assembleia Legislativa de Goiás, no Setor Oeste. De lá, seguiram às 10h para a Praça Cívica e após para a Praça dos Bandeirantes, também no Centro da Capital. 

Continua após a publicidade

Já no período da tarde, quando parte dos trabalhadores começou a se dispersar, um grupo de mascarados entrou em confronto com a Polícia Militar (PM).  No cruzamento da Avenida Anhanguera com a Avenida Goiás, alguns manifestantes jogaram rojões contra os policiais que revidaram com cassetetes. Um jovem ficou ferido, e precisou dos cuidados do Corpo de Bombeiros. 

No mesmo cruzamento, duas agências bancárias tiveram os vidros quebrados pelos mascarados. Com medo, os comerciantes que não aderiram à paralisação na região, fecharam as portas para evitar depredações e invasões.

Transporte 

Na madrugada, manifestantes bloquearam a entrada e saída da garagem da Metrobus. Na quinta-feira (27) a Rede Metropolitana de Transporte Coletivo de Goiânia (RMTC) havia informado que o Sindicato dos Motoristas não havia informado sobre paralisação da categoria. Ainda na manhã, às 9 horas, a situação foi normalizada. 

No Terminal Padre Pelágio, algumas linhas ficaram interrompidas, mas com o apoio da PM, os ônibus voltaram há funcionar uma hora depois. Já no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia as operações funcionaram normalmente, apenas um voo foi cancelado por conta da neblina.

Rodovias 

Algumas rodovias também ficaram interditadas. Por volta das 7h, manifestantes fecharam o sentido Trindade/Goiânia da GO-060. O fluxo de veículos só voltou ao normal, às 8 horas quando o Corpo de Bombeiros apagou o fogo dos pneus e limpou as vias. Em Anápolis, estudantes da Universidade Estadual de Goiás, bloquearam os dois sentidos da via.  A Polícia Rodoviária Federal (PRF) acompanhou as manifestações, conforme a corporação estava presentes uma média de 50 estudantes. 

Por volta das 8 horas, a BR-050 ficou bloqueada no perímetro urbano de Catalão. Liderada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão, aproximadamente 500 pessoas fecharam a rodovia.

Educação

Conforme o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Goiás (Sintego) 1.151 colégios estaduais ficaram sem aulas. Mas de acordo com a Secretaria de Educação, Cultura e Esporte de Goiás (Seduce), apenas 300 escolas paralisaram as atividades. As aulas voltam na terça-feira (2/5), após o feriado do dia do trabalho. 

Em Goiânia, a Secretaria Municipal de Educação e Esporte (SME) informou que 82% das instituições não tiveram atendimento. São 361 unidades em Goiânia, incluindo Cmeis, Escolas e instituições conveniadas. Segundo o Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed), dezenas de instituições aderiram ao movimento, que para o sindicato ganhou força, após o confronto com Guarda Civil Metropolitano, nesta semana na sede da SME. Os profissionais já estão em greve desde o dia 11 de abril.

De acordo com a Central Única dos Trabalhadores em Goiás (CUT), vários serviços públicos da cidade foram afetados. Órgãos públicos como o Ministério Público Estadual, Ministério da Saúde, Ministério do trabalho também aderiram ao movimento. 

Nos bancos, agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, apenas os caixas eletrônicos ficaram abertos. Bancos particulares como Santander e Itaú, além de agências dos Correios tiveram os atendimentos normais. 

Veja Também