Entidades sindicais protestam contra corte de verbas da educação

Bloqueio inicial era de R$ 3,2 bi para o MEC, mas governo federal recuou e reduziu em 50% (Foto: UFG)

Postado em: 09-06-2022 às 11h08
Por: Francisco Costa
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Bloqueio inicial era de R$ 3,2 bi para o MEC, mas governo federal recuou e reduziu em 50% (Foto: UFG)

Entidades sindicais e estudantis protestam contra o corte no orçamento do Ministério da Educação (MEC) nesta quinta-feira (9), em Goiânia. O evento ocorre na Praça Universitária, às 15h.

Inicialmente, o governo federal anunciou cortes lineares de R$ 3,2 bi para o MEC – 14,5% a cada entidade ligada ao ministério (universidades e institutos federais, por exemplo). Contudo, no último dia 3 de junho, houve um recuo e o bloqueio caiu para R$ 1,6 bi (7,2%).

A manifestação tem organização do Fórum Goiano em Defesa de Direitos, Democracia e Soberania, juntamente com o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação do Estado de Goiás (Sint-IFESGO), Central de Trabalhadores do Brasil (CTB), União Estadual dos Estudantes de Goiás (UEE-GO) e demais entidades sindicais e estudantis de Goiás.

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Diretor do Sint-IFESGO, Fernando Mota afirma que mesmo com o recuo, o corte segue alto, pois o orçamento da educação já vem caindo nos últimos anos. “As instituições já estão bastante fragilizadas, então em vez de corte, precisamos de aumento”, argumentou.

Ele explica, ainda, que foi possível “segurar”, pois o ensino estava remoto por causa da pandemia. Contudo, com retorno presencial sobem os custos operacionais de água, luz e mais.

UFG

Antes da diminuição do bloqueio (de 14,5% para 7,2%), a Universidade Federal de Goiás (UFG) disse que o corte colocava em risco real o pleno funcionamento da instituição. De acordo com a UFG, o posicionamento permanece.

“A ação impossibilita honrar os compromissos assumidos e as atividades planejadas, o que torna incerta a conclusão do ano letivo”, uma vez que a instituição “já sofre com a falta de recursos para manutenção de seus prédios e laboratórios para garantir o pagamento dos contratos e despesas cotidianas, por causa da redução sucessiva de orçamento desde 2016”.

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