Polícia Civil prende 14 envolvidos em esquema de ‘disque-drogas’ em Goiás e no Pará

Segundo a PCGO, o grupo era especializado no tráfico de drogas e fornecia os matérias por meio de uma central de vendas

Postado em: 06-12-2022 às 08h25
Por: Ícaro Gonçalves
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Segundo a PCGO, o grupo era especializado no tráfico de drogas e fornecia os matérias por meio de uma central de vendas | Foto: Divulgação/PCGO

Entre os dias 30 de novembro e 5 de dezembro, a Polícia Civil de Goiás (PCGO) cumpriu um total 14 mandados de prisão e 37 de busca e apreensão em meio à Operação Haustórios, com objetivo de combater um grupo que operava um esquema de ‘disque-drogas’.

A operação ocorreu por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc), após investigação que durou cerca de um ano. Também foram apreendidos bens em valor aproximado de R$ 7 milhões.

Segundo a PCGO, o grupo era especializado no tráfico de drogas, e fornecia os entorpecentes por meio de uma central de vendas. O usuário entrava em contato com os traficantes via telefone ou Whatsapp e recebia a droga no local desejado via entregador, geralmente motoboys.

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Os mandados foram cumpridos em Goiás e no Pará, onde residia o suposto líder do esquema em uma casa luxuosa no município de Santarém. No mesmo estado, o investigado abriu empresas no shopping da cidade e outra próxima ao centro, tentando dar legalidade ao que arrecadava do tráfico.

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Segundo o delegado Fabrício Flávio, coordenador da operação, o indivíduo mudou para o norte do país, após se desvencilhar de uma facção criminosa em Goiás, para começar a operar o seu próprio esquema de tráfico. “Aqui, ele foi jurado de morte e chegou a sofrer suas tentativas de homicídio”, conta Flávio.

De acordo com as investigações, o grupo operava um grande laboratório de drogas, situado no Setor Bueno, desmantelado em janeiro deste ano. No local, eram recebidos os entorpecentes ainda em seu estado bruto, sob a pasta base de cocaína e, após o refino, eram preparadas porções individuais em embalagens.

De lá, o entorpecente era distribuído para equipes de entregadores até o usuário final. A logística de entrega das drogas era bem organizada, tendo inclusive escala de trabalho folga para os entregadores/ motoboys e somente entregue aos clientes previamente cadastrados.

Durante a operação, foram apreendidos mais de 1000 envelopes tipo zip, com cocaína embalada, além de 9 kg de cocaína refinada e mais 12 kg de insumo. Outras apreensões, feitas em Goiás e no Pará, incluem 25 carros, duas moto aquáticas, 30 celulares, cinco armas de fogo e mais de R$ 300 mil em espécie.

Além do suposto líder do grupo, outros indivíduos também se beneficiavam do tráfico de drogas, abrindo lojas de compra e venda de veículos usados para lavar dinheiro.

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