Ministério da Saúde inicia pesquisa para avaliar sequelas da COVID-19 em Goiás e outros estados brasileiros

A iniciativa visa coletar dados para subsidiar a criação de políticas públicas voltadas para o tratamento das sequelas da covid-19

Postado em: 15-03-2024 às 12h36
Por: Tathyane Melo
Imagem Ilustrando a Notícia: Ministério da Saúde inicia pesquisa para avaliar sequelas da COVID-19 em Goiás e outros estados brasileiros
A iniciativa visa coletar dados para subsidiar a criação de políticas públicas voltadas para o tratamento das sequelas da covid-19 | Foto: Tomaz Silva/ Agência Brasil

O Ministério da Saúde lançou a segunda fase da pesquisa ‘Epicovid 2.0: Inquérito nacional para avaliação da real dimensão da pandemia de covid-19 no Brasil’, com o objetivo de avaliar as sequelas da doença em moradores de nove municípios de Goiás, além de outras regiões do país. A iniciativa visa coletar dados para subsidiar a criação de políticas públicas voltadas para o tratamento das sequelas da covid-19

Ao longo do mês de março, serão realizadas visitas domiciliares a 33.250 pessoas que tiveram a doença em 133 municípios brasileiros, incluindo Goiânia, Itumbiara, Rio Verde, São Luís de Montes Belos, Iporá, Porangatu, Uruaçu, Luziânia e Águas Lindas de Goiás.

A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Ethel Maciel, destacou que a Epicovid 2.0 faz parte do trabalho contínuo de monitoramento da covid-19 realizado pelo Ministério da Saúde desde maio de 2023. Segundo ela, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 20% das pessoas, independentemente da gravidade da doença, desenvolvem condições pós-covid, tornando essencial a coleta de dados para ampliar serviços como atendimento neurológico, fisioterapia e assistência em saúde mental.

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A pesquisa envolverá 250 cidadãos de cada um dos municípios que participaram das quatro rodadas anteriores do estudo, em 2020 e 2021. Equipes de entrevistadores visitarão as residências para ouvir os moradores sobre questões relacionadas à vacinação, histórico de infecção pelo coronavírus, sintomas de longa duração e os impactos da doença no cotidiano. Os participantes serão selecionados aleatoriamente por sorteio, sendo apenas uma pessoa por residência a responder ao questionário. Diferentemente das etapas anteriores, não haverá coleta de sangue ou realização de testes de covid.

Além do Ministério da Saúde e da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), outras instituições envolvidas no estudo são a Universidade Católica de Pelotas (UCPel), a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Para garantir a transparência e segurança do processo, as entrevistas serão realizadas pela empresa LGA Assessoria Empresarial, contratada após apresentar a melhor proposta em pregão eletrônico. Os entrevistadores estarão devidamente identificados com crachás da empresa e coletes brancos com as marcas das instituições envolvidas. As prefeituras das 133 cidades participantes foram informadas sobre o estudo e orientadas a esclarecer dúvidas da população.

O Epicovid-19, realizado entre 2020 e 2021, contribuiu significativamente para compreender os efeitos e a disseminação do coronavírus no Brasil. Entre as principais conclusões, destacou-se que a quantidade de pessoas infectadas era três vezes maior que os dados oficiais, com maior incidência entre os 20% mais pobres da população. 

Mais informações sobre o Epicovid 2.0 estão disponíveis nos sites do Ministério da Saúde e da Universidade Federal de Pelotas.

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