‘A Liga’ muda conceitos de ‘patricinhas’ brasileiras

Programa expõe jovens com vida tranquila e controlada a situações que vão de exumação de cadáver a troca de tiros

Postado em: 20-04-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa

Acostumada à vida “tranquila e controlada” da classe média brasileira, Maria Paula vem colecionando experiências bem diversas nos últimos meses. A atriz e ex-Casseta é uma das novas integrantes de A Liga, cuja sexta temporada estreiou nesta segunda-feira, na Band. Ela e o ex-CQC Guga Noblat se juntaram aos veteranos Mariana Weickert e Thaíde, no lugar de Mel Fronckowiak e Cazé Pecini.

O programa manteve a proposta dos últimos anos, a de levar para o espectador reportagens com um olhar pessoal de cada um do quarteto. Matérias vivenciais, como define o diretor Diego Pignataro.

“Nossa narrativa é diferente, é uma mistura de show com jornalismo, mostramos as experiências deles, o formato é eclético, permite isso. Eles saem da zona de conforto e mostram essa visão particular do que está acontecendo”, pontua Pignataro.

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Dia desses, Maria Paula fez matéria num cemitério clandestino em São Paulo e acompanhou até a abertura de um caixão. Numa outra pauta, sobre bailes funk, estava em Heliópolis, uma das maiores favelas da capital paulista, quando foi surpreendida pela chegada da polícia. E ficou tensa no meio do cor­re-corre. Tudo devidamente registrado pelas câmeras da atração, claro.

“Foi um perrengue. Fiquei com medo, não sabia o que fazer. Mas não sou de ficar montada e estou adorando poder chegar de cara limpa e mostrar o que estou realmente sentindo. Acho que é uma oportunidade rara. É botar para quebrar”,  empolga-se ela.

São 11 episódios na temporada. O primeiro deles mostra o universo dos bilionários brasileiros, como a socialite Cozete Gomes e o empresário Augusto Silva, dono do Orlando City Soccer Club, time no qual joga Kaká. O segundo investiga as delegacias de homicídio. Pauta que Mariana Weickert considera uma das mais difíceis já executadas até hoje.

“Eu entrei no necrotério e aquele odor ficou marcado para sempre em mim. Dizem que o cheiro do cérebro é o pior que existe, e é. Fiquei com medo de como eu reagiria depois de tudo aquilo. Não consegui nem co­mer”, conta.

Também apresentadora do GNT, Mariana conta que não saberia escolher entre uma ou outra função: “Quando dei meu primeiro beijo já era modelo, cresci na moda, mas estar em A Liga mudou a minha percepção do mun­do. Não tem maquiagem, você chora, ri, se choca, e tudo é registrado pela câmera. (Agência O Globo) 

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