Conheça Amsterdam, uma das cidades mais exuberantes da Europa

Bela arquitetura, canais, casas flutuantes, museus, tupilas, moinhos, tamancos, feiras de arte, cerveja e muito mais fazem parte de uma das cidades mais desejadas do mundo

Postado em: 30-05-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Bela arquitetura, canais, casas flutuantes, museus, tupilas, moinhos, tamancos, feiras de arte, cerveja e muito mais fazem parte de uma das cidades mais desejadas do mundo

FLÁVIA POPOV

A capital da Holanda foi a minha primeira opção de cidades europeias que eu gostaria de conhecer – depois de já ter explorado a Bulgária, país natal do meu marido, por quatro meses, de novembro de 2002 a março de 2003. Aliás, foi ele – o marido – que despertou em mim essa vontade, depois de fazer uma megapropaganda sobre Amsterdam, onde ele já havia estado por mais de 40 vezes – ele é músico clássico e costumava tocar lá. 

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O ano era 2006. Era o começo de um tour por alguns países em uma segunda lua de mel – seria a minha última viagem ‘a dois’ já que, no ano seguinte, eu planejaria engravidar. E Amsterdam foi, então, o primeiro destino da minha segunda temporada na Europa. Até hoje, essa cidade reina em primeiro lugar da minha lista como a mais impressionante, a mais bela, a mais mágica e a mais apaixonante – sim, em minha opinião, mais do que Paris! Vou explicar por quê. 

Quando decidi que visitaria Amsterdam, logo disse ao meu marido: “Ok. Vamos conhecer esta cidade, mas gostaria de conhecer ‘apenas o lado romântico dela’ – pois eu já havia visto fotos de encher os olhos! Sim, ela é famosa, também, pela legalização da maconha e da prostituição como profissão (as prostitutas têm direitos trabalhistas garantidos, assim como assistência médica). Nada contra conhecer este lado, mas, pelo pouco tempo que teríamos – cinco dias –, eu realmente preferiria me ater ao lado doce e colorido de Amsterdam. 

Nos coffe shops, é possível comprar e consumir maconha. Porém diz-se que a venda da droga para os turistas foi proibida por lei nacional – não sei se a informação se mantém nos dias atuais. Mesmo para os moradores do país, o consumo da maconha, em locais públicos, é proibido. Aliás, há determinados estabelecimentos, como bares e restaurantes, em que é proibido, inclusive, o cigarro ‘convencional’. Então decidimos assim: iríamos à cidade dos canais, das tulipas e das bicicletas, mas deixaríamos de lado o Museu da Maconha, por exemplo – respeito os adeptos, mas não concordo com o uso das drogas; nunca quis experimentar nem cigarro!

E assim o fizemos. Ficamos hospedados em um hotel não muito próximo ao Centro da cidade – era alta temporada, e foi o que encontramos na época. Mas a opção não poderia ter sido melhor. Amsterdam é uma cidade relativamente pequena, e os principais pontos turísticos estão bem próximos uns aos outros, então nada melhor do que, durante a caminhada, ir conhecendo, descobrindo coisas, lugares, pessoas e costumes. 

Era verão – começo dele. Mas, em nosso primeiro dia, uma frente fria visitou a cidade e deixou um frio inesperado. Tivemos de improvisar alguns looks de inverno. Mas dez graus não foram suficientes para atrapalhar o nosso passeio. Era mês de Copa do Mundo. Então o que víamos pelas ruas eram bandeirolas da Holanda, por todos os cantos, e muita torcida. Pausa para um clique em uma ponte – os canais estão por toda a parte. A arquitetura começa a me impressionar. A paixão pela cidade se instalou em mim logo no primeiro dia! 

O frio persistiu no dia seguinte, porém estava mais ameno. A rota era em direção à Praça dos Museus, que reúne o Rijksmuseum, o Van Goghmuseum e o Stedelijkmuseum. Confesso que só visitei o de Van Gogh – por conta do tempo –, mas dizem que os outros dois também são imperdíveis. Ao sul desta praça, está o Contert Gebouw, uma bela sala de concertos construída no século 19 – meu marido já tocou lá! E não dá para sair desta praça sem tirar fotos nas esculturas de letras que formam o trocadilho I amsterdam (“Eu estou em Amsterdam” ou “Eu sou Amsterdam”). Ainda sobre os museus, a Casa de Anne Frank, à beira do canal Prinsengracht, no bairro Jordaan, é outra opção de visita.

Um pouco à frente – ainda a pé –, está a fábrica da Heineken. Depois de ter passado por ela e me sentado em um bar, próximo ao local, fiquei sabendo que perdi a oportunidade de ter degustado a cerveja. Sim! É possível entrar, conhecer e beber! Aliás, não perdi nada, pois não gosto de cerveja! 

Na cidade que, de tão linda, parece ‘de mentira’, livrarias, sebos, feiras de arte, mercado das flores (o Bloemenmarkt é o maior mercado de flores flutuante do mundo), bares, casas de shows, coffe shops, ambulantes, artistas de rua, cadeirinhas, mesas e bicicletas estão por toda parte (elas têm farol, buzina e, principalmente, pistas apropriadas para sua circulação). Mas eu estava ansiosa, mesmo, era para fazer o minicruzeiro pelos canais de Amsterdam – para mim, obrigatório –, mas desde que não seja no inverno, quando a água congela e vira pista de patinação. Nós embarcamos em frente ao Hard Rock Café, e o passeio deve ter durado uns 45 minutos: o suficiente para nos encantar com a deslumbrante arquitetura, que dá vida a casas coloridas que parecem ter saído de filmes; as imponentes pontes; os barcos atracados, verdadeiras casas flutuantes (muitos ainda servem de moradia); os gigantes estacionamentos de bicicletas; os museus Marítimo e da Ciência e Tecnologia – dentre tantos outros atrativos.

Outra atração turística é o museu de cera Madame Tussauds, no Centro da capital. Inúmeras réplicas de personalidades famosas – como Tina Turner, Michael Jackson, Bono Vox, Prince, Madonna, Spice Girls, Albert Einstein, Angelina Jolie, Julia Roberts e Luciano Pavarotti – estão expostos. 

O Distrito da Luz Vermelha, onde prostitutas se exibem em vitrines, é uma das atrações turísticas mais famosas da cidade. E não precisa ser cliente para passear pelas ruelas do bairro, que tem ainda lojas de artigos eróticos, shows e clubes de strip – dentre outras opções do mercado voltado ao sexo. A maioria dos turistas vai ao bairro pela curiosidade. Mas há prostitutas que se alojam em suas cabines fora do Distrito. E eu pude perceber isso no primeiro dia de passeio – indo do hotel ao Centro. Estranho, mas não é de se espantar.

E não pense que se dará por satisfeito (a) somente em Amsterdam. O país é encantador, e, como é bem pequeno, é possível visitar cidadezinhas ao redor da capital e conhecer moinhos, tamancos, queijos, chocolates e cervejas – como em Zaanse Schans, um bairro do município de Zaanstad – e a famosa Madurodam, em Den Haag, a poucos minutos de trem de Amsterdam. E é sobre este maravilhoso e imperdível passeio, em Den Haag, que eu falarei na página a seguir. 

 Fantásticas miniaturas: um país dentro de um parque

FLÁVIA POPOV

Depois de conhecer a capital da Holanda, é hora de explorar o belíssimo entorno, e o passeio que eu indico é a visita à cidade miniatura denominada Madurodam, que fica no município de Den Haag, a aproximadamente uma hora de Amsterdam – o trem é o meio de transporte ideal.  

Construída em 1952, Madurodam é uma minicidade holandesa, famosa no mundo inteiro por reunir réplicas dos principais monumentos arquitetônicos da país. Tudo – prédios, flora, objetos e decoração de rua – foi construído em escala de 1:25 ao longo de belíssimos jardins: as casas típicas ao longo dos canais da capital; o mercado dos queijos em Alkmaar; o Palácio Real na Praça de Dam; o Rijksmuseum; a torre da Catedral de Utrecht; parte das obras hidráulicas; o Amsterdam Airport Schiphol, principal aeroporto internacional da Holanda (é possível ouvir o barulho dos aviões); o Porto de Rotterdam, o terceiro maior do mundo; os moinhos de vento (eles giram de verdade); as torcidas em campos de futebol (conseguimos ouvi-los vibrando, torcendo); lanchas panorâmicas fazem passeios pelos canais (elas nevegam mesmo); comboios modernos percorrem toda a cidade pelo maior caminho de ferro miniatura do mundo; cavalos puxam carroças em pleno Centro de Amstredam; pessoas estão espalhadas  por praças; carros estão estacionados pelas ruas; crianças brincam em um parques de diversões, cujos brinquedos se movimentam constantemente; turistas curtem banho de mar e algumas ainda praticam o surfe!

É quase inacreditável estar diante de toda aquela minicidade, aqueles monumentos, pois tudo parece real, e só voltamos ‘à realidade’ quando percebemos que podemos encostar a cabeça no telhado de um prédio, por exemplo. O parque passou por uma reforma e, desde 2012, com sua reinauguração, foram ampliadas suas atividades, que passaram a ser divididas em três temas: Água, Cidades Históricas e Holanda Como Inspiração para o Mundo – um espetáculo de som e imagem. Estandes de televisão também foram instalados para mostrar um vídeo com informações sobre o local. Diz-se que a lojinha de souvenires do local foi mantida – é impossível ir à Holanda e não voltar para casa com um sapatinho típico!

Como você pôde ver, é quase impossível não gostar da Holanda! Se você ainda não conhece, sugiro incluir no seu roteiro de viagens. Se já conhece, como eu, peça aos bons ventos que te levem de volta à maravilhosa terra onde “tudo pode e nada é proibido”!

  

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