Júnior Santolli mostra seu lado baladeiro romântico

Revelação da música, o cantor mescla no seu repertório estilos variados como forró e sertanejo romântico

Postado em: 26-09-2016 às 08h00
Por: Renato
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Revelação da música, o cantor mescla no seu repertório estilos variados como forró e sertanejo romântico

Júnior Bueno
Camiseta preta e calça jeans rasgada. Quando chegou à redação de O HOJE, o jovem Júnior Santolli poderia ser confundido com aspirante a rock star. Mas é só abrir o sorriso e começar a falar sobre sua paixão desde garoto – a música sertaneja – que ele logo mostra a que veio. Júnior é cantor sertanejo e parece se encontrar naquele estágio em que a qualquer momento vai deixar de ser mais um para ser o próximo queridinho dos fãs do estilo. 

Ele possui pelo menos três das qualidades necessárias para isso. A primeira, obviamente, é o talento para cantar; sem ele, pode até ser que alguém faça algum sucesso e se arrisque a viver de cantar, não por muito tempo. Combinado com uma estampa que chama a atenção de quem consome música sertaneja também com os olhos, o talento vocal do cantor é o que transforma Nivaldos em Gusttavos.

A segunda é a maturidade necessária para dar um passo de cada vez: para ser o cantor que faz um show por semana nas principais casas de Goiânia – Villa Mix, Santa, Fé, Woods – e para lançar, em novembro próximo, um CD promocional com o que costuma apresentar nos shows, de regravações dos sucessos do momento a composições próprias. “Eu estou há oito anos na estrada, então tenho que me concentrar neste momento, mas já pensando qual será o meu próximo passo. É uma coisa de cada vez”, explica ele. 

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A terceira é que Júnior realmente se identifica com o ritmo sertanejo, não é uma coisa moldada pensando no mercado. Então podem ser esperadas músicas que não versem sobre carros e baladas – para variar um pouco. Ele explica: “Claro que eu fico de olho no mercado, mas tenho que apresentar um diferencial, seja ele temático ou de ritmo. Alguma coisa que mostre quem eu sou naquela música”.

Ao ser perguntado por suas influências, o cantor revela ser do signo do ecletismo com ascendente em diversidade. “Eu adoro rock”, diz ele, como se a impressão inicial dissesse outra coisa. “De Guns n’Roses e Iron Maiden a Dire Straits” enumera ele. Mas não para por aí: da família, ele herdou o gosto pelo sertanejo e pelo forró. E pagode entrou na receita – via Raça Negra. Por conta própria, foi na onda de Zé Ramalho e Alceu Valença.

Dentro do universo sertanejo, se inspira em João Paulo & Daniel, Jorge & Mateus, Chitãozinho & Xororó e Leonardo. Toda essa miscelânea acaba por influenciar nas criações musicais de Júnior. Suas composições estão mais para o romantismo de Jorge e Matheus que para os camarotes de Wesley Safadão, embora, como ritmo, o forró se faça presente em algumas canções. “Eu não dou conta de compor música que não seja romântica”, diz ele.

Goianiense, Júnior Santolli foi batizado como Osmair Júnior. “Osmair é melhor que Mirosmar, não é?”, compara ele. Mirosmar também atende pelo vulgo de Zezé Di Camargo. Já com sobrenome invocado, Júnior até quis cantar em dupla com o primo, mas resolveu caminhar sozinho, em uma estrada um tanto acidentada e concorrida, que é o atual mercado da música sertaneja em Goiás – e no Brasil.

Mas ele tem confiança de que sua hora há de chegar e que a sua estrela não vai encontrá-lo parado. Para isso o cantor, que se define como um “sertanejo baladeiro”, pretende dar um passo bem cauculado de cada vez. Os anos de barzinho e depois de boate, o jeito carismático, a pegada romântica, a paixão pela música sertaneja, a cara e a voz de cantor formam o caminho das pedras. Seu próximo passo? A música Enquanto a Lua acordar o Sol, “uma vaneira bem bacana”, como descreve o cantor.

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