Luís Araujo Pereira lança ‘Garatujas’

Conjunto de poemas “(quase) infantojuvenis” é a proposta do escritor em seu recente trabalho

Postado em: 30-09-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa

O escritor Luís Araujo Pereira lança, neste dia 1º de outubro, seu mais novo livro de poemas, Garatujas. A sessão de autógrafos será na Livraria Nobel, no Shopping Bougainville, das 16h às 18h. Reunindo 36 poemas, Garatujas é uma publicação da Cânone Editorial e tem seu projeto gráfico assinado pelo designer gráfico Laerte Araújo Pereira, também autor dos desenhos em bico de pena que ilustram a obra. 
Neste seu mais recente trabalho, o quinto de sua carreira, Luís explora outras potencialidades da linguagem poética, apresentando ao público, desta vez, um conjunto de poemas que ele denomina de “(quase) infantojuvenis”. Abordando elementos que compõem a vida do Cerrado, os poemas de Garatujas são pequenas homenagens aos insetos, aos répteis, aos pássaros – às “coisas e seres de fraca resistência”, como afirma Tarsilla Couto do Brito, professora de Teoria Literária e  Literatura Brasileira da Universidade Deferal de Goiás (UFG), que assina o prefácio do livro.
O resultado é uma obra delicada e original, que evoca a beleza e a simplicidade das cantigas e fábulas infantojuvenis, mas  que também conserva a ironia, o humor e o olhar sensível – e não raro desencantado – diante da realidade, tão característicos dos livros anteriores do autor.
No texto que escreveu para a orelha do livro, o jornalista e professor Rogério Borges compara o estilo de Luís Araujo Pereira ao de nomes como Manoel Bandeira, Manoel de Barros e João Cabral de Melo Neto. “A ironia é fina, o que nos remete à melhor poesia ferina de Bandeira. A observação do mínimo e do minúsculo é atenta, o que nos relembra a simplicidade genial de Manoel de Barros. Seus versos são certeiros e sem excessos, o que nos traz à memória o senso de medida de João Cabral de Melo Neto”, pontua Rogério Borges.
Para Tarsilla Couto de Brito, a nova obra poética de Luís Araujo Pereira navega entre o “irônico e o místico”. Garatujas, segundo ela, cria uma rede de relações entre “os rabiscos da memória do mais frágil do cotidiano e as filigranas de um repertório cultural sensível”.

Perfil
Nascido em Pirapora (MG), mas radicado em Goiânia desde a infância, Luís Araujo Pereira tem longa trajetória no campo da poesia. Seu primeiro livro, Ofício Fixo (1968), foi premiado com a Bolsa de Publicações Hugo de Carvalho Ramos. Ele também publicou Linhas (1994), pela coleção Vertentes, da Editora da UFG; Minigrafias (2009), pela Cânone Editorial; e Poésie pour Dire Moins (2013), na coleção Levée d’Ancre, da  conhecida editora francesa L’Harmmattan.
Professor aposentado da Faculdade de Letras da UFG, o autor é mestre em Estudos Literários pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris, na França. Foi redator de propaganda e editor de revista técnica. Integrou em oito edições o júri de seleção do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica). De 2012 a 2014, foi cronista de um caderno de cultura da Capital e, atualmente, é um dos colunistas do site cultural Ermira – Cultura, Ideias e Redemoinhos. 

 
SERVIÇO:
Lançamento do livro ‘Garatujas’, de Luís Araujo Pereira

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Quando: 1º de outubro das 16h às 18h
Onde: Livraria Nobel, 1º piso do  Shopping Bougainville – Rua 9, nº 1.855, Setor Marista

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