Boas festas para o seu mascote também

Médica veterinária dá dicas sobre como lidar com o seu animal de estimação durante as festas de fim de ano

Postado em: 22-12-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Boas festas para o seu mascote também
Médica veterinária dá dicas sobre como lidar com o seu animal de estimação durante as festas de fim de ano

Elisama Ximenes

Ainda faltam três dias para o Natal e já é possível escutar as piadinhas rotineiras sobre pratos da ceia e mal se pode esperar pelo que vai ganhar do seu amigo secreto. Por falar em amigos, tem um que pode não estar tão ansioso assim para as festas de fim de ano. O Natal se aproxima e mal ele vai embora, chegam as festas de Ano Novo. O que é sinônimo diversão para os humanos pode ser um martírio para os animais. Poderia não ser, caso humanos não adorassem um barulho ou não aproveitassem a data para viajar. Os bichinhos, no entanto, ficam assustados e precisam de muito carinho, paciência e atenção nos momentos de barulho e se sentem só com a distância. Por isso é importante considerá-lo quando for fazer os planos para as festividades de fim de ano

Continua após a publicidade

Patrícia Lorena, veterinária e doutora em ciência animal, do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Goiás,  explica que o ideal é que o animal esteja em um ambiente familiar, onde ele saiba o local da água, da comida e de fazer as necessidades fisiológicas. “O ideal é que ele fique na própria casa, pode-se pedir para uma funcionária vir diariamente olhar se o animal está bem, se não vomitou, por exemplo, e se está se alimentando”, aconselha a veterinária. Ela também recomenda que se atente ao seu comportamento, por exemplo, verificar se o pet não está muito triste. “Uma outra alternativa é levar para a casa de algum parente, desde que ela já tenha ido, esteja familiarizado e que não seja um ambiente em que possa passar por riscos”, sugere.

Além dessas opções, a doutora lembra que o animal também pode ficar em um hotel. A alternativa demanda um investimento maior, mas, dependendo da situação, pode ser a mais apropriada. “Mas, para isso, é bom que o animal já tenha ido lá, se familiarize com o ambiente, conheça o local e volte para casa, e aí, em um segundo momento, leva-se o animal para se hospedar no hotel”, lembra. É importante, também, ter uma referência de alguém que já tenha usufruído dos serviços daquele local ou, mesmo, saiba sobre a política de cuidados do hotel: se há controle de pulgas e carrapatos, se os outros hóspedes são saudáveis e se a vacinação e vermífugo em dia são uma exigência. “É bom levar o alimento que o animal está acostumado e é bom priorizar um local que tenha boas condições de ambiente e que não tenha superlotação”, reforça.

Mas, além da distância do dono, o bichinhos também podem sofrer com os barulhos das festas, principalmente, os provocados por fogos de artifício. Quem mais sente com isso é o cachorro. “Os gatos não demonstram tanto medo e incômodo quanto os cães”, explica. A doutora Patrícia conta que, no caso de quem só vai sair para uma festa e vai voltar para casa depois, uma estratégia que ela mesma usa é colocar um algodão no ouvido deles durante o período curto de ausência. Já em caso de viagens longas, o jeito é dedicar-se à educação desse animal desde filhote, para que ele não sofra tanto com as explosões. Se o bichinho não for educado para isso e não der mais tempo para começar o processo, já que estamos quase preparando a ceia de natal, a solução é, mesmo, arrumar alguém para fazer companhia para ele. Assim, ele não se sentirá só nos momentos de terror provocados pelo barulho.

Se o dono optar por levar o animal consigo para o local onde for comemorar, tem que arcar com as responsabilidades que isso envolve. “O tutor deve levar a sua água, a ração para o animal, as sacolinhas para recolher as fezes e é muito importante se tomar o cuidado para que ele não receba um alimento que ele não tem costume”, exemplifica. Caso o pet ingira qualquer coisa a qual o estômago não está adaptado, o seu intestino pode reagir de uma forma desfavorável. “O animal pode manifestar vômitos e diarreia durante o período da viagem e isso pode ser desagradável”, explica. A doutora relata que é muito comum, por isso, receber animais nas clínicas logo após as festas de fim de ano. Seja qual for a alternativa escolhida, é preciso, portanto, colocar a saúde do bichinho em primeiro lugar.

 Foto: reprodução

Veja Também