Valorização da cultura goiana na literatura

10 livros que passeiam pelo patrimônio arquitetônico, histórico e cultural de Goiás

Postado em: 09-01-2024 às 10h00
Por: Letícia Renata
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Dicas de livros que foram publicados em Goiás e escritos por goianos que valorizam a cultura do Estado | Foto: Freepik

No mês que se comemora o Dia do Leitor, celebrado em 7 de janeiro, homenageamos aqueles que encontram nas páginas dos livros um refúgio e uma fonte de conhecimento. Separamos 10 livros publicados em Goiás e escritos por goianos que valorizam a cultura do Estado. As publicações passeiam pelo patrimônio arquitetônico, histórico e cultural de Goiás. 

A data foi instituída em homenagem ao jornal cearense ‘O Povo’, fundado por Demócrito Rocha nesta mesma data, em 1928. É uma ocasião para celebrar a importância da leitura em nossas vidas, reconhecendo que cada livro é uma jornada única. Afinal, cada leitor carrega consigo o poder de transformar palavras em experiências. 

Antologia do Piano no Brasil Central, edição e organização por Wolney Unes

A coletânea reúne trabalhos de 12 compositores atuantes em Goiás e no Triângulo Mineiro, que contam a história do instrumento na região durante os séculos 19 e 20. Algumas curiosidades fazem parte do livro, como uma música que ficou desaparecida por 120 anos ou a obra mais antiga para piano – polca Orlinda, composta por Tonico do Padre, em Pirenópolis em 1889, há 127 anos. A obra é fruto de pesquisa do grupo Memória e Patrimônio da Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás e foram necessários 15 anos de pesquisa para sua produção.

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Identidade Art Déco de Goiânia, Wolney Unes

Traz ao leitor a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a arquitetura art déco no Brasil, tema por vezes não muito pesquisado. Wolney Unes apresenta edifícios construídos na cidade desde sua fundação e realiza uma cuidadosa análise do conceito e características do estilo. Este trabalho simboliza um marco no estudo da arte urbana no Brasil e um resgate histórico fundamental para a Arquitetura Nacional.

Caderno de Tonico do Padre, organização por Wolney Unes

Observador atento de tudo à sua volta, Tonico do Padre preocupou-se em registrar tudo o que via. Em seu caderno, comprado no Rio de Janeiro (conforme recibo cuidadosamente guardado pelo artista), Tonico ia registrando suas impressões – um desenho, uma saudação ao Divino, uma cena da paisagem apreciada, um texto lido, uma fotografia vista.  

À maneira de Da Vinci, Tonico passa com seu novo caderno a anotar muito do que planejava, como Mário de Andrade, desenhava muito do que observava. Testemunho de seus interesses e curiosidades, o caderno de Tonico é um mergulho na indústria e inventividade desse marceneiro, pintor, músico, desenhista, entre outras habilidades.

Papo de Anjo, texto de Wolney Unes e ilustrações de Genilda Alexandria

A obra infantil reúne 35 histórias curtíssimas baseadas exatamente no papo dos anjinhos: conversas em voz alta, pensamentos e colocações feitas por crianças que nos levam a refletir e a ver o mundo por outros olhos e com uma percepção renovada da realidade.

Jorge Félix de Sousa: Técnica e Arte, organização por Wolney Unes

Jorge Félix de Sousa recebeu o título de engenheiro-arquiteto, grande responsabilidade, tomar de uma matéria-prima, para dela criar algo, tirando o melhor de seu talento inato. Entrementes, hoje, passados quase 40 anos do fim de sua atividade criadora, pode-se dizer sem exagero que nosso engenheiro-arquiteto fez jus ao título. 

Jorge criou, usou suas habilidades, provocou a gênese, tramou e teceu em frentes variadas: criou escolas, formou profissionais, erigiu edifícios, desenhou monumentos, elaborou textos, a lista é longa. O engenheiro-arquiteto criou obras utilitárias, por encomenda, igrejas, casas e teatros, mas também dedicou- se à criação de obras para o espírito: telas, gravuras, poemas. Neste breve volume, queremos apresentar uma ínfima parcela dessa atividade criadora multifacetada.

Casa de Altamiro de Moura Pacheco, organização por Wolney Unes

Apresenta a Casa de Altamiro de Moura Pacheco, patrimônio histórico e cultural de Goiânia. Quando Altamiro, já médico, encomendou sua residência em meados dos anos 1940, toda a tecnologia e as inovações chegadas a Goiânia nas primeiras edificações construídas a partir do contrato de 1937 foram ali aplicadas. O livro exibe detalhes que hoje talvez passem despercebidos ao visitante do século 21, acostumado a vários confortos do lar moderno. Cumpre, portanto, contextualizar essas inovações, à luz da tradição regional e das modificações introduzidas.

Do Pequi ao Sushi: Crônicas de Viagem, Eliane Brito

Este caderno de viagem registra a jornada de uma goiana pelo extremo Oriente, passando por China, Japão, Índia, Coreia do Sul, Bali, Java, Indonésia e Rússia. Além de impressões, os cadernos registram o que não se pode deixar de conferir assim como com o que é necessário tomar cuidado, levando um olhar do sertão goiano para o resto do mundo.

Barro, Madeira e Pedra: Patrimônios de Pirenópolis, Silvio Cavalcante e Neusa Cavalcante

As igrejas, equipamentos culturais, espaços urbanos, paisagens, arquitetura rural, museus e a iluminação pública são as principais categorias do livro, em que o autor relata as suas experiências, compartilha conhecimentos e informações históricas de Pirenópolis no período entre 1995 e 2015. Na obra, foram detalhadas as técnicas de intervenções de restaurações de imóveis tombados e de elementos artísticos que o autor acompanhou e vivenciou durante 20 anos, contribuindo para a preservação do Patrimônio Cultural na cidade.

A Geometria do Ladrilho Hidráulico, Fátima Macedo

Publicada no tamanho e no formato de um ladrilho, a obra retoma a geometria, os padrões e o design dessas peças coloridas que fizeram parte da arquitetura portuguesa e brasileira ao longo dos séculos, mas que foram aos poucos perdendo espaço para as cerâmicas esmaltadas. Na obra, a autora documenta e aborda a jornada dessas peças desde Bizâncio até a cozinha centenária de sua avó no interior de Goiás.

Goiandira: arte e areia, coordenação editorial de Wolney Unes

Os belíssimos trabalhos de Goiandira do Couto e suas impressionantes obras de arte feitas com suas areias de 515 pigmentos diferentes. A partir delas, a artista compôs paisagens, sombras e casas construídas manualmente a partir de seu ateliê na cidade de Goiás.

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