Vira-lata ajuda perito criminal em investigações, em SP

O cachorro Maní, um vira-lata de 4 anos, ganhou destaque no trabalho de perícia da Polícia Científica de São José dos Campos, no interior de São Paulo.

Postado em: 19-05-2023 às 14h16
Por: Julia Kuramoto
Imagem Ilustrando a Notícia: Vira-lata ajuda perito criminal em investigações, em SP
Foto: Divulgação/TV Vanguarda

O cachorro Maní, um vira-lata de 4 anos, ganhou destaque no trabalho de perícia da Polícia Científica de São José dos Campos, no interior de São Paulo. O animal possui um olfato apurado, que consegue farejar sangue nas investigações de homicídios.

De acordo com a Polícia Civil, Maní é o único vira-lata brasileiro capaz de realizar esse trabalho com a Polícia Científica. Sendo assim, o cão tem a função de procurar vestígios nos cenários de crimes.

João Henrique, perito criminal em São José dos Campos, veterinário e tutor de Maní, fala um pouco a respeito do cachorro.

Continua após a publicidade

“A gente adotou ele de um local de crime que fizemos. A gente já tinha ideia de um projeto incubado e acabamos selecionando ele para entrar nesse programa. Fizemos o treinamento dele para detecção de sangue e tudo começou a andar muito rápido por causa do resultado que ele acabou dando para as investigações”, disse.

O vira-lata tornou-se rapidamente um sucesso. Desse modo, ao todo, participou de quase 30 investigações, e em todas elas encontrou elementos que passaram despercebidos pelos peritos humanos.

“Maní já é da nossa equipe. Ele otimiza nosso recurso, é eficaz na detecção de sangue, nós auxilia e muito na continuação da investigação, na identificação da autoria e posteriores prisões”, conta o delegado Neimar Camargo.

Brasília

Além disso, nesta semana, Maní encontra-se em Brasília, sendo apresentado para outros peritos. Dessa maneira, a proposta da Polícia Científica de São José dos Campos é fazer do cão um exemplo no ramo investigativo.

“Maní é um animal, é um cão de faro, cuja a expertise é a única do mundo, que é farejar sangue latente. Ele traz para a gente uma economicidade absurda em termos de utilização de substâncias como luminol. Ele consegue ser efetivo no local dos fatos, porque vai diretamente onde o sangue foi lavado”, explicou Silvio Garcez, diretor do Núcleo de Perícias de São José dos Campos.

Ademais, para que as participações possam ser validadas nas investigações, João tem se dedicado aos estudos, iniciando até mesmo um mestrado na área.

“A Polícia Científica está terminando as tratativas de uma parceria com a Universidade Federal de São Paulo e no setor de biotecnologia a gente pretende desenvolver alguns novos protocolos, entender mais a técnica, validá-la para o uso em larga escala, para poder utilizar em outros lugares. A gente espera avançar com bastante publicação cientifica para a polícia e para a universidade nesse lado, até para poder auxiliar outras polícias cientificas de outros estados a incorporarem a técnica”, disse.

Leia também:

Veja Também