Capital da moda: setor têxtil mantém 3,6 mil indústrias ativas no Estado

Indústria emprega 32 pessoas na produção de jeans feminino

Postado em: 11-11-2021 às 09h03
Por: Maiara Dal Bosco
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Indústria emprega 32 pessoas na produção de jeans feminino | Foto: Reprodução

A moda é um segmento promissor para a economia goiana. Dados da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) apontam que Goiás possui 3.647 indústrias no segmento têxtil, vestuário, acessórios, preparação do couro, calçados e cosméticos, que geram quase 32 mil empregos diretos. Somente na Região da 44, maior empregadora do Estado, são cerca de 14 mil lojas e de 160 mil empregos diretos, além de milhares de indiretos provenientes da venda de matérias-primas, lavanderias, facções, rede hoteleira e diversos outros serviços relacionados ao polo de confecções.

Espedito Fernandes da Silva Lira, é um dos empreendedores que apostou no segmento de moda em Goiás. Ele trabalha no setor há 11 anos, mas fundou a própria marca, a Teoria Jeans, há três. Empregando 32 pessoas diretamente na produção de roupas do segmento jeans feminino, a marca chega a produzir 23 mil peças mensalmente, entre calças, shorts, jaquetas, saias e jardineiras.

Com loja na Região da 44, em Goiânia, o foco da marca é o atacado – atendendo a vários estados do Brasil. O varejo complementa as vendas. “Na pandemia as vendas cresceram muito. Principalmente fora do Estado. As pessoas vêm em excursão e compram no atacado para revender. Há muitos compradores da Bahia, Tocantins e do Pará. E muita gente vem de Foz do Iguaçu também para comprar nossos produtos”, afirma Espedito.

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Mesmo com a demanda crescente, o empresário espera que as vendas alavanquem agora com a chegada do final do ano. “Está todo mundo com estoque muito grande de mercadoria. Já está começando a ter uma queda na produção, porque ainda não teve aquele impulso nas vendas. Esperamos que a partir do dia 15, com o pagamento do 13º que haja uma melhora, estamos contando com isso”, finaliza.

Neste cenário, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (ABIT) estima que o crescimento do mercado da moda no biênio 2021/2022 seja de 13%. Em Goiás, os principais polos da indústria da moda estão nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Trindade, Jaraguá, Anápolis, Inhumas, Jataí, Rio Verde, Pontalina, Catalão e Itaguaru. Além disso, o Estado é o terceiro maior produtor de algodão do Brasil e está entre os três maiores polos atacadistas do País. 

Capital da moda

No final de outubro, o mercado da moda foi pauta em reunião promovida pela Câmara Setorial da Moda (Casmoda), na Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg). À ocasião, foram apresentadas as ações que serão realizadas nos próximos anos na Capital e no Estado neste segmento. O prefeito Rogério Cruz ressaltou a importância da parceria com o setor produtivo e citou que estão sendo estudadas políticas públicas com vantagens competitivas para que os empreendedores do segmento possam avançar com suas atividades no município. “Queremos tornar Goiânia a capital da moda do Brasil, transformando-a no maior polo distribuidor de moda do País”, afirmou Rogério Cruz.

Já a secretária municipal de Relações Institucionais (SRI), Valéria Pettersen, destacou a parceria com a Casmoda e anunciou projeto da Prefeitura de Goiânia que será voltado à revitalização da Região da 44 e de outros importantes polos de confecção da Capital. “Queremos intensificar o turismo de negócios e atrair investimentos. Para tanto, prevemos ações em infraestrutura urbana, com implantação de ruas inteligentes nos polos atacadistas, além de atuação voltada para incentivar a moda como um todo, não só roupas, mas acessórios, calçados e cosméticos”, explicou.

O presidente da Casmoda, José Divino Arruda, explicou que está em andamento, em parceria com a prefeitura, o projeto Goiânia Tá na Moda, com foco nos polos atacadistas, além de projeto que propõe escalonamento de descontos no IPTU para empresas do setor, de acordo com a quantidade de empregos gerados pelo negócio.

Parceiro do projeto, o Sebrae Goiás prepara ações coordenadas pela Fieg para estimular eixos estruturantes do setor, como inovação e tecnologia, pesquisa e desenvolvimento, acesso a mercado e eventos, arranjos produtivos, desenvolvimento do Selo da Moda Goiana, formação e desenvolvimento das empresas e captação de recursos e investimentos. (Especial para O Hoje)

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