Acidente de Michael Schumacher completa 10 anos, estado de saúde do piloto segue em segredo

Após o acidente em 2013, o piloto nunca mais foi visto em público

Postado em: 29-12-2023 às 20h46
Por: Ana Clara de Assis Praxedes
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Um dos maiores campeões da Fórmula 1 sofreu acidente enquanto esquiava na França (Foto: Divulgação/Fórmula 1)

Há dez anos o mundo se surpreendeu com a notícia do acidente do piloto Michael Schumacher. No dia 29 de dezembro de 2013, o heptacampeão de Fórmula 1 sofreu um grave acidente enquanto esquiava com a família nos Alpes Franceses, desde então, o alemão nunca mais foi visto em público e seu quadro de saúde é um mistério. 

Na época, Schumacher estava aposentado há cerca de um ano, de férias, ele saiu para esquiar na estação francesa de Meribel com o filho Mick Schumacher. Eles estavam em uma área perigosa, que não era indicada para esqui, e neste local aconteceu o acidente, o piloto caiu e bateu a cabeça, a investigação afirmou que ele não estava em alta velocidade e usava capacete, mas mesmo assim, sofreu traumatismo craniano e edema cerebral.

Aos 44 anos, o alemão foi levado ao hospital Grenoble, na França, passou por diversas cirurgias e foi induzido ao coma para recuperar as lesões cerebrais. O tratamento durou cerca de quatro meses, e em abril de 2014, foi retirado do coma. Apenas em setembro deixou o hospital e seguiu com o tratamento em sua casa, em Lake Geneva, na Suíça, onde sua esposa, Corinna Betsch montou uma UTI. Desde então, o piloto não foi mais visto, e pouco se sabe sobre seu verdadeiro estado. A porta-voz da família, Sabine Kehm, faz poucas declarações sobre a situação, sempre com o mínimo de detalhes e atualizações breves e positivas. 

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Pela falta de informações, muitas especulações surgiram na mídia, mas nada comprovado. A última informação sobre a saúde de Michael saiu em setembro de 2019, quando ele foi internado em um hospital de Paris, mas não se sabe ao certo o motivo. A razão seria um suposto procedimento com células-tronco, porém, pouco depois, o cirurgião do piloto negou o tratamento e afirmou que “não faz milagres”. Fontes próximas dizem que a mulher do alemão é a responsável pela descrição quanto ao seu estado, pois acredita que isso é uma forma de protegê-lo. A única vez que Corinna se manifestou publicamente foi em um documentário produzido em 2021 pela Netflix, onde ela deu um depoimento comovente: “Todo mundo sente falta de Michael, mas ele está aqui. Diferente, mas ele está aqui e isso nos dá força, eu acho”.  

Jean Todt, ex-presidente da FIA e ex-chefe da Ferrari, é um dos poucos que mantém contato com Michael. No início do mês, ele deu uma declaração sobre o estado de saúde do amigo “Michael está aqui, então não sinto falta dele. Mas simplesmente não é o Michael que costumava ser. Ele é diferente e é maravilhosamente guiado pela esposa e pelos filhos que o protegem. A vida dele agora é diferente e tenho o privilégio de compartilhar momentos com ele. Isso é tudo que posso dizer”. 

Carreira

O alemão Michael Schumacher começou a carreira na Fórmula 1 em 1991, na extinta Jordan Grand Prix. Em 92 se mudou para Benetton, onde conquistou seus dois primeiros títulos mundiais, em 94 e 95. Em 96, se mudou para a Ferrari, equipe onde mais venceu e se tornou heptacampeão, com os títulos em 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004. Ele se aposentou em 2006, mas voltou à categoria em 2010, para defender a Mercedes. A equipe alemã foi uma das patrocinadoras da carreira de Michael. Em 2012, o piloto encerrou de vez a carreira na Fórmula 1.

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