Sara Winter tem 15 dias para pagar indenização de R$ 15 mil à professora da UnB

Sara Winter usou as redes sociais e chamou Débora de “a maior abortista brasileira”, além de acusá-la de ser defensora da prática de tortura

Postado em: 24-01-2022 às 10h39
Por: Igor Afonso
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Sara Winter usou as redes sociais e chamou Débora de “a maior abortista brasileira”, além de acusá-la de ser defensora da prática de tortura | Foto: Reprodução

A direitista Sara Fernanda Giromini, mais conhecida como Sara Winter, tem 15 dias para pagar uma indenização de R$ 15 mil para a antropóloga e professora da Universidade de Brasília (UnB), Débora Diniz.


A decisão é do juiz Arthur Lachter, da 19ª Vara Cível de Brasília, que em abril de 2021 condenou Sara por danos morais contra Débora. A ação movida pela professora é referente às declarações feitas por Sara em 2020, quando Débora se posicionou acerca do aborto de uma menina de 10 anos que havia sido estuprada pelo tio.

Na época, Sara Winter usou as redes sociais e chamou Débora de “a maior abortista brasileira”, além de acusá-la de ser defensora da prática de tortura. Na avaliação do juiz, houve danos à professora.

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“Ofendeu a autora, a qualificando como defensora da prática de tortura num canal de YouTube com milhares de telespectadores, o que viola não só a honra subjetiva como a própria honra objetiva da requerente”, disse. “A alegação é forte, desnecessária e não baseada em qualquer evidência. Comparar um procedimento médico qualquer com tortura, nos tempos de hoje, beira a má-fé”, explicou o juiz sobre sua decisão.


Sara Winter era uma grande apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (PL) e fez parte da liderança do “Acampamento dos 300” ou “300 do Brasil”, instalado em maio de 2020 em Brasília. Em entrevista à ISTOÉ, em novembro do ano passado, Sara se declarou desiludida com o presidente e entre os motivos estavam a censura dentro do bolsonarismo, a falta de apoio e uma dívida de mais de R$ 3 milhões, referente à processos judiciais.

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