China não pode impedir que líderes viajem para Taiwan, diz presidente do Congresso dos EUA

A presidente da Câmara dos Deputados dos EUA deixou a ilha nesta quarta-feira.

Postado em: 03-08-2022 às 15h49
Por: Luan Monteiro
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A presidente da Câmara dos Deputados dos EUA deixou a ilha nesta quarta-feira. | Foto: Reprodução

A presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos (EUA), Nancy Pelosi, disse nesta quarta-feira (3/8) que a China não pode impedir que líderes mundiais viajem para Taiwan. A declaração ocorreu após a visita de Pelosi a ilha que a China reconhece como seu território.

“Infelizmente, Taiwan foi impedida de participar de reuniões globais, mais recentemente da Organização Mundial da Saúde, por causa de objeções do Partido Comunista Chinês”, disse Pelosi em comunicado.

“Embora possam impedir Taiwan de enviar seus líderes a fóruns globais, não podem impedir que líderes mundiais, ou qualquer pessoa, viajem a Taiwan para homenagear sua florescente democracia, destacar seus muitos sucessos e reafirmar nosso compromisso com a colaboração contínua.”

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A visita

Nancy Pelosi, pousou em Taipei, capital de Taiwan na última terça-feira (2/8). Ela se reuniu com o governo da ilha e visitou o Parlamento local. Em resposta, a China, que reconhece Taiwan como parte de seu território, afirmou que a visita foi uma “infração severa”.

O governo chinês afirmou que seus aviões de guerra sobrevoaram a linha que divide o Estreito de Taiwan. A China afirmou, também, que monitoraram o trajeto do voo de Pelosi, que saiu da Malásia.

“A visita de nossa delegação do Congresso a Taiwan honra o compromisso independente dos EUA em apoiar a democracia vibrante de Taiwan”, disse Pelosi após pousar na ilha. “Nossa solidariedade com os 23 milhões de moradores de Taiwan é mais importante do que nunca, em um momento no qual o mundo encara uma escolha entre a autocracia e a democracia”, afirmou.

O governo da China vem alertando os Estados Unidos caso a presidente do Congresso visitasse Taiwan. Para os chineses, a visita é uma grave provocação. Em resposta, o Ministério da Defesa chinês disse que colocou suas Forças Armadas em alerta e que lançará “operações militares com alvos específicos”.

De acordo com a agência de notícias Reuters, essas operações serão exercícios que incluirão viagens aéreas e marítimas conjuntas no norte, sudoeste e sudeste de Taiwan, disparos reais de longo alcance no Estreito de Taiwan e lançamentos de teste de mísseis no mar a leste de Taiwan.

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