Vanderlan fala de aliança com PMDB

Sara Queiroz

A desistência da pré-candidatura de Iris Rezende (PMDB) pode levar a mudanças nas estratégias de alguns outros pré-candidatos. Para Vanderlan Cardoso (PSB), a retirada do nome do peemedebista muda o planejamento de sua campanha, que havia sendo feito até então com a possibilidade de Iris participar da disputa. A saída do ex-prefeito também abre possibilidade para novas alianças para o pessebista, que disse procurar com o PMDB, agora sem candidato, além do DEM e Solidariedade, aliados de Iris desde as últimas eleições.

“Fui pego de surpresa, já estava toda certa nossa estratégia que foi montada em cima de tê-lo como adversário político”, comentou Vanderlan. O que muda no planejamento a partir de agora, de acordo com ele, é a intensificação dos trabalhos para tentar conquistar os votos dos eleitores do peemedebista, que “são bastante fieis”.

O ex-prefeito de Senador Canedo disse que no momento ainda não é possível fazer uma análise do novo cenário, mas acredita que a retirada de Iris pode fortalecer a sua candidatura e a possibilidade de chegar ao segundo turno. “Eu creio que, como ele liderava as pesquisas, e já que todos trabalham com cenário de segundo turno, isso abre espaço para mais um que não seja o Iris”.

Ele confirmou que já havia conversado com as demais legendas em busca de apoio e alianças, e que vai procurar além do PMDB, os partidos que já haviam fechado com a candidatura de Iris para a prefeitura: DEM e Solidedariedade. “Estou procurando agendar com todos eles. O Armando Vergilio, o senador Ronaldo Caiado e Daniel Vilela (PMDB). Vou procurar com todos, como conversei até agora com a maioria dos partidos”, disse.

Vanderlan declarou que as conversas com os aliados de Iris, e também com partidos que fazem parte da base do governador Marconi Perillo (PSDB), devem prosseguir até as convenções partidárias, “mas como o candidato do PMDB desistiu”, as conversas devem se intensificar com os partidos que estavam acompanhando Iris Rezende. “As pessoas estão com muita cautela agora, tem muita gente ainda abalada com isso, mas já houve sinais”, confirmou.

Oposição

A conversa de Vanderlan com os peemedebistas e demais aliados, que são historicamente oposição ao governo de Marconi Perillo, tem respaldo da presidente regional do partido, senadora Lúcia Vânia. Segundo ela, a orientação da sigla é deixar o candidato aberto para conversas com “com todas as forças políticas e depois ele avalie quais são as alianças mais apropriadas para disputar uma eleição concorrida como é a eleição de Goiânia”.

Questionada sobre as mudanças que um possível acordo entre PSB e PMDB poderia trazer ao cenário estadual, em que os pessebistas são aliados de Marconi, ela comentou que não pode proibir que o candidato procure outros aliados ou faça alianças. Lúcia disse que o partido deve estar aberto, e ser democrático.