Rodrigo Janot recebe delações da Odebrecht após homologação

O procurador-geral começa a trabalhar nos pedidos de investigação contra os políticos e empresários citados nos depoimentos de colaboração

Postado em: 31-01-2017 às 08h14
Por: Renato
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O procurador-geral começa a trabalhar nos pedidos de investigação contra os políticos e empresários citados nos depoimentos de colaboração

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, começou
nesta segunda-feira (30) a analisar quais serão os próximos passos da
investigação sobre a empreiteira Odebrecht no Supremo Tribunal Federal (STF)
após a homologação das delações de executivos. A partir de agora,
Janot começará a trabalhar nos pedidos de investigação contra os políticos e
empresários que foram citados nos depoimentos de colaboração. Não há prazo para
que eventuais pedidos de investigação ou arquivamento cheguem na Corte.

No início da tarde desta segunda, Janot foi ao Supremo e se
reuniu com a presidente do STF, Cármen Lúcia. O procurador foi receber
pessoalmente as decisões da ministra, que homologou as delações dos 77
envolvidos ligados à Odebrecht.

Os pedidos de investigação devem chegar ao Supremo somente
após a definição sobre o novo relator da Lava Jato, que deverá ocupar a vaga
deixada após a morte do ministro Teori Zavascki, ex-relator dos processos
envolvendo a operação na Corte.

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A decisão deve ser anunciada pelo Supremo na quarta-feira
(1º), quando a Corte retorna aos trabalhos após o período de recesso. A
presidente do STF, Cármen Lúcia, ainda trabalha nos bastidores para encontrar
uma solução consensual para substituir Teori.

A alternativa mais cogitada em conversas informais dos
ministros é o sorteio da relatoria da Lava Jato entre os integrantes da Segunda
Turma, colegiado que era integrado por Teori e que já julgou recursos da Lava
Jato. Fazem parte do colegiado os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli,
Ricardo Lewandowski e Celso de Mello.

Outra medida que pode ser tomada é a transferência de um
integrante da Primeira Turma para a segunda. O nome defendido nos bastidores é
o do ministro Edson Fachin, com perfil reservado, semelhante ao de Zavascki.

Foto: Reprodução (Agência Brasil) 

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