Entenda a prisão da mulher que chamou Bolsonaro de “noivinha do Aristides”

A expressão provocou uma reação enérgica do presidente, que mandou prender a mulher que o chamou de "noivinha do Aristides"

Postado em: 29-11-2021 às 17h36
Por: Giovana Andrade
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A expressão provocou uma reação enérgica do presidente, que mandou prender a mulher que o chamou de "noivinha do Aristides". | Foto: Reprodução

Uma mulher que passava pela via Dutra foi presa, no último domingo (28/11), após se dirigir a Jair Bolsonaro como “noivinha do Aristides”. O presidente estava com sua comitiva na Dutra, e acenava aos veículos que trafegavam pela rodovia que liga São Paulo ao Rio, as duas cidades mais populosas do país, quando foi xingado.

Segundo a polícia, a mulher foi detida por proferir “palavras de baixo calão e xingamentos”. O carro em que a passageira estava foi abordado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). No local, ela foi encaminhada à equipe da Polícia Federal que estava na Dutra e, de lá, levada para a delegacia da PF em Volta Redonda (RJ), para o registro de um termo circunstanciado pelo crime de injúria.

A mulher não chegou a ficar presa e foi liberada depois de ter assumido o compromisso de que vai comparecer em juízo. A pena para o crime de injúria, se condenada, é de até três anos de reclusão e multa, conforme o artigo 140 do Código Penal, mas, no caso de ser cometido contra o presidente da República, é aumentada em um terço.

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Aparentemente inofensiva, a expressão provocou o chefe do Executivo o suficiente para que ele determinasse a prisão de quem a proferiu. A reação de Bolsonaro chamou a atenção e gerou curiosidade a respeito da origem e do significado do termo. Nesta segunda-feira (29), “noivinha do Aristides” foi ao topo dos assuntos mais comentados do Twitter.

Segundo informações que circulam nas redes sociais, o sargento Aristides teria sido instrutor de judô à época em que Jair Bolsonaro cursou a Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), e a relação entre os dois passou a ser questionada após o ocorrido de sábado.

“Aristides era o sargento em cuja cama, segundo Jarbas Passarinho, o então tenente ia chorar as mágoas, nas noites quentes de verão dos aquartelados”, tuitou um internauta.

A expressão pode ser interpretada com um tom homofóbico implícito, uma vez que foi usada com o intuito de insultar o presidente através da implicação de uma suposta relação homoafetiva. Simultaneamente, a reação de Bolsonaro, de enxergar a expressão de fato como uma ofensa e determinar a prisão da mulher que se dirigiu a ele dessa forma, demonstra, mais uma vez, a sua intolerância em relação à homoafetividade, mas não deixou de gerar especulações.

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