2022: Alego se prepara para primeira sessão em novo prédio

Durante o último encontro da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), ao longo desta semana, os deputados se despediram não apenas do ano de 2021, mas também do Palácio Alfredo Nasser, atual sede do Poder Legislativo goiano, e, consequentemente, do Plenário Getulino Artiaga, palco de intensos debates desde o ano de 1967.

Isso porque os parlamentares deverão retomar as atividades em fevereiro, já em um novo prédio. O encontro, previsto para às 15h do dia 15 de fevereiro, marcará a concretização de um sonho antigo: um lugar mais amplo, confortável, econômico, moderno e sustentável. O prédio está localizado no Parque Lozandes, na capital, nas proximidades da sede do Poder Executivo municipal. 

Ao presidir o último encontro dos parlamentares no prédio localizado no Setor Oeste, o presidente da Casa de Leis, Lissauer Vieira (PSB) considerou aquele um “momento histórico”. “Estamos, mais uma vez, fazendo história, encerrando as sessões de 2021 nos despedindo, com muito respeito, desse prédio e deste plenário”. 

Depois continuou: “Vivemos, com muita alegria, um novo ciclo, por estarmos cumprindo mais uma meta. Isso só foi possível por conta dos servidores e parlamentares dessa nova Legislatura. Com toda certeza, um momento histórico para todos nós”, comemorou antes de encerrar definitivamente  a reunião.

Ao falar recentemente sobre a estrutura instalada no novo endereço, Lissauer lembrou que os últimos detalhes já se encontram em fase final de acabamento e que alguns departamentos já iniciaram, inclusive, a mudança. Essa semana, movimentos nesse sentido já puderam ser observados.

Profissionais já trabalham na transferência dos equipamentos para a nova sede. Nos últimos dias, diversos itens dos gabinetes e áreas administrativas foram recolhidos e equipamentos encaixotados com destino ao novo prédio.

Apesar da primeira sessão contar com data marcada para acontecer, a inauguração oficial do prédio virá dias depois. A intenção é que os deputados possam testar, primeiro, os equipamentos e a estrutura para realização dos trabalhos. A inauguração deverá ocorrer no final do mesmo mês ou, quem sabe, em março. 

Mais de uma década depois

A edificação será chamada de Palácio Maguito Vilela; uma homenagem dos parlamentares da 19ª Legislatura ao político, vítima da covid-19, no início de 2021. Como foi projetado para a atividade parlamentar, considerando a dinâmica dos trabalhos legislativos, a promessa é de que a estrutura será, também, mais funcional.

A expectativa é que a nova ofereça um ambiente mais adequado para a realização das sessões plenárias, debates, audiências e outros eventos que determinarão os caminhos do desenvolvimento do estado. 

A conclusão da obra da nova sede ocorre pouco mais de 16 anos após o início dos trabalhos, passando por paralisações, rescisão de contrato e uma nova licitação para contratação de outra empresa para executar os serviços. 

O certame licitatório e a consequente retomada dos serviços, em 2019, foi o divisor de águas: a partir de então, os serviços não pararam e houve, inclusive, a antecipação da entrega do prédio, em oito meses.

 Depois de tanto, Lissauer Vieira não esconde o seu entusiasmo com a mudança. “A entrega da nova sede do Poder Legislativo está cada vez mais próxima de acontecer, mesmo com os contratempos ocasionados em razão da pandemia de covid-19. A celeridade nas obras do novo prédio da Alego é resultado de um trabalho planejado com muita responsabilidade, transparência e, acima de tudo, compromisso público”.

Prós 

Apenas na parte externa, que totaliza 13,3 mil m², o complexo conta com estacionamento, calçadas, iluminação e sistemas de vigilância eletrônica, bem como mais 10 mil metros quadrados de gramados e áreas permeáveis. 

No novo prédio haverá também uma significativa redução no consumo de água e energia elétrica, já que a água das chuvas e toda a água gerada pelo sistema de ar-condicionado será capturada e usada na limpeza e na jardinagem. Com relação às chuvas, parte da água ainda será captada em caixas para a recarga do lençol freático, além da absorção natural na grande extensão de área permeável.

Por sua vez, a economia na energia elétrica virá da iluminação 100% em led, a tecnologia mais utilizada atualmente por conta do baixo gasto e da durabilidade, e do uso restrito do ar-condicionado e da iluminação artificial. 

Outro impacto positivo será no trânsito da região da atual sede, asfixiado pelo grande número de estabelecimentos comerciais, residenciais e uma grande escola. O grande movimento de pessoas na Casa de Leis ajuda a estrangular o tráfego.

Na nova sede, o estacionamento com quase mil vagas será suficiente para absorver toda a demanda, de modo que o trânsito do entorno não será impactado por carros parados na via pública ou circulando em baixíssima velocidade à procura de vagas. 

Com a mudança da sede, além do patrimônio histórico, a cultura, o lazer e o meio ambiente também terão um reforço em Goiânia, já que o prédio do Legislativo estadual passará para as mãos da Prefeitura da Capital, que deve destiná-lo a um complexo cultural. 

A doação do prédio já está legalizada, com a aprovação da lei 17.990/13. Além disso, a nova sede contemplará, segundo o Parlamento, o chamado “novo normal”, que deve continuar, mesmo depois da pandemia, com o devido distanciamento físico. As galerias do plenário, com capacidade para 222 pessoas, permitirão que o público acompanhe as sessões e outras atividades, mantendo uma distância de segurança.