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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Ausência

Vereador Kleybe Morais falta à sessão na Câmara após denúncia envolvendo assessora do gabinete

A ausência ocorre em meio à denúncia do jornal O Hoje desta quinta, que revelou um esquema de vendas de diplomas falsos por parte da assessora parlamentar Nubia Pereira da Silva Ribeiro.

Postado em 19 de maio de 2022 por Redação

O vereador Kleybe Morais (MDB) não participou da sessão da Câmara Municipal de Goiânia desta quinta-feira (19/5). A ausência ocorre em meio à denúncia do jornal O Hoje, que revelou um esquema de vendas de diplomas falsos por parte da assessora parlamentar Nubia Pereira da Silva Ribeiro, integrante do gabinete de Kleybe.

Conforme revelado, Nubia Ribeiro cobrava R$ 100 para emitir diplomas falsos de pós-graduação para interessados. As vendas foram feitas principalmente nas últimas semanas, depois que aprovados no processo seletivo simplificado 001/2021 da Secretaria Municipal da Educação (SME) foram ao local solicitando, às pressas, horas correspondentes a uma pós-graduação exigida pelo edital do certame.

Em contato com o gabinete do vereador, um assessor confirmou a ausência de Kleybe, informando que estaria cumprindo agenda externa. Segundo o assessor, Nubia também não compareceu à Câmara.

Leia também: Assessora vende diploma falso por R$ 100 no gabinete do vereador Kleybe Morais

Entenda

Apuração do Hoje descobriu que a Nubia oferecia cursos de pós-graduação para aprovados em processo seletivo da SME. Em contato com a assessora, um repórter perguntou como conseguiria um certificado. Diante de dois menores aprendizes, Nubia chamou o repórter a uma sala, fechou a porta, pediu documentos e R$100. “O que eu consigo pra você é fazer o curso de 360 horas que é o que eles estão pedindo. Preciso entrar e fazer seu curso, link por link e fazer a prova”, disse, prometendo entregá-lo em 1 hora.

Nubia ainda explicou que “mudaria” a data de conclusão do curso. “Precisa colocar especialização e a data tem que ser anterior à sua convocação.” Na conversa, a servidora sugere outra pessoa envolvida na fraude. “Eu faço a transferência pro menino [pessoa que edita o certificado] e ele faz o que precisa fazer e depois eu te mando o documento pronto no WhatsApp.”

A negociação continuou pelo celular. A reportagem enviou dados aleatórios – nomes e números de RG e CPF – para comprovar a fraude e, depois de enviar, via PIX, o valor exigido, recebeu o certificado do Instituto Nacional de Aperfeiçoamento Profissional, que oferece cursos livres no site Só Educador, com sede em Barbalha, no Ceará. O código do certificado, no entanto, correspondia à conclusão de curso de uma outra pessoa.

Já na quarta-feira (18/5), Núbia foi confrontada sobre a cobrança e a falsificação do documento. Inicialmente, negou qualquer participação. Em seguida, após ser indagada, respondeu, com a voz trêmula: “Você acha que eu sou boba de responder e depois me prejudicar?’’. Sobre o valor recebido, ela volta a se defender: “Você tá querendo que eu me denuncie, me entregue?”.

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