TV define pouco perfil de candidatos e aumenta expectativa

Redes sociais e conhecimento prévio dos proponentes aumentam chances

Postado em: 30-09-2022 às 07h00
Por: Yago Sales
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Redes sociais e conhecimento prévio dos proponentes aumentam chances | Foto: Reprodução/Alego

Com o advento das redes sociais como protagonistas da apresentação de candidatos a cargos eletivos desde 2018, o tempo à disposição na televisão e rádio não concebeu a ideia do proponente. Como se esquecer do Tiririca, em 2010, que aparecia na televisão – seu meio de trabalho além do circo – com o bordão “pior que tá não fica”, que o transformou no político mais votado do Brasil. 

A estratégia não era nova, como de fato não o é. Pouco se evoluiu, mas, com a polarização e a descrença causada pela ressacada do expurgo do Partido dos Trabalhos do poder – pelo menos por quatro anos – e a desastrosa atuação de Jair Bolsonaro, o desafio aos candidatos foi muito maior para convencer os 4.870.354 eleitores goianos.

Neste ano, apareceram alguns outsiders com disposição à Câmara Federal e à Alego, mas sem novidades. Outros, ainda com o jeitão brucutu do bolsonarismo ou mais apegado à ideologia da esquerda. Ao Senado, mais comedido, Delegado Waldir foi freado pelo marketing. Queria repetir o sucesso de votos à Câmara em 2018, quando foi o mais bem votado do Estado com 274.397 votos. Teve de se esquecer da mão fazendo gesto de arma. Mas, no meio do caminho do ex-aliado de Bolsonaro, apareceu o tucano Marconi Perillo. O ex-governador, a poucos dias das eleições, permanece líder nas pesquisas. 

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E o tempo de televisão não foi lá essas coisas. Claro, àqueles que formaram uma ótima coalizão as coisas fluíram razoavelmente bem, como à construção narrativa da reeleição do governador Ronaldo Caiado (União Brasil). 

Na televisão, o Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) acompanhou as inserções entre os dias 26 e 29 de setembro. O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) teve 5 minutos e 6 segundos. O segundo maior tempo foi de Wolmir Amado (PT): 2 minutos e 19 segundos.

O ex-prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha (Patriota) teve que se comunicar com o eleitor usando os 58 segundos. Candidato do atual presidente, Major Vitor Hugo (PL) teve 51 segundos. Já Cíntia Dias (Psol),23 segundos; e Edigar Diniz (Novo), apenas 20 segundos. A Professora Helga (PCB), o Professor Pantaleão (Unidade Popular) e Vinícius Paixão (PCO) não tiveram um segundo sequer. O argumento: as legendas não atingiram a cláusula de barreira. 

Para os candidatos a deputado estadual e federal, pouco ou nada influíram as participações nas propagandas. Pesam as bases eleitorais, apoio de lideranças – prefeitos e ex-prefeitos, vereadores ainda mais – e, em alguns casos, redes sociais, principalmente Instagram e WhatsApp.

Diante das surpresas eleitorais, é possível imaginar a eleição à Câmara Federal, de Glaustin da Fokus (PSC), Alcides Rodrigues (Patriota), Adriana Accorsi (PT), Daniel da Agrobom (Podemos),  Lucas Vergílio, do Solidariedade, Jovair Arantes (Republicanos), Edward Madureira (PT), Flávia Morais (PDT), Rodney Miranda (Republicanos), Adriano do Baldy (PP), Francisco Júnior (PSD), Gustavo Gayer (PL). Jeferson Rodrigues (Republicanos), Lêda Borges (PSDB), Magda Mofatto (PL), Professor Alcides Ribeiro (PL), Silvye Alves (União Brasil) e Matheus Ribeiro (PSDB).

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