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quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Campanha política

“Pintou um clima”: campanha de Bolsonaro usará Michelle para amenizar falas sobre venezuelanas

Na última sexta-feira (14/10), Bolsonaro deu a entender que venezuelanas de 14 e 15 anos seriam garotas de programa em região do DF, chegando a dizer que “pintou um clima”

Postado em 17 de outubro de 2022 por Ícaro Gonçalves

A campanha de Jair Bolsonaro (PL) tem se preocupado com as consequências do vídeo em que ele diz ter “pintado um clima” com adolescentes venezuelanas de 14 anos. Entre os marketeiros de Bolsonaro, já existe o plano de levar a primeira-dama Michelle à região administrativa São Sebastião, no Distrito Federal, para tentar amenizar a situação.

A ideia é que Michelle converse com as adolescentes refugiadas como forma de reverter o impacto negativo do vídeo. A visita deve contar ainda com a presença da senadora eleita pelo Distrito Federal, Damares Alves (Republicanos), ex-ministra da Mulher.

Entenda

Na última sexta-feira (14/10), Bolsonaro falou sobre as meninas em um podcast, quando lembrou uma visita à região. Em sua fala, Bolsonaro deu a entender que venezuelanas entre 14 e 15 anos atuariam como garotas de programa, chegando a dizer que “pintou um clima” entre ele e as jovens. A fala viralizou nas redes, incluindo acusações de pedofilia, em especial pelo Partido dos Trabalhadores (PT).

Em uma live, nesta madrugada (16), Bolsonaro se defendeu das acusações e disse que a fala foi cortada. O presidente também acusou o PT de distorcer o que ele quis dizer e afirmou sempre ter combatido esse tipo de crime.

“O PT recorta pedaços como se eu estivesse atrás de programas. Fiz uma live, foi demonstrado o que estava acontecendo. (O PT) Pega pedaço e fala ‘pintou um clima’? Que vergonha é essa? Sempre combati a pedofilia”, rebateu o presidente.

Inverdades

Ainda no domingo, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes mandou que a campanha de Lula (PT) retire das redes sociais as publicações que associam Bolsonaro à pedofilia. A decisão acatou pedido do grupo do atual presidente.

“A postagem realizada pela Representada Gleisi Hoffmann, em 15/10/2022, se descola da realidade, por meio de inverdades, fazendo uso de recortes e encadeamentos inexistentes de falas gravemente descontextualizadas do Representante, com o intuito de induzir o eleitorado negativamente, diante da autoria de fato grave (pedofilia). Uma vez apresentado o recorte do vídeo pela Representada, a #bolsonaropedofilo foi prontamente elevada à condição de primeira colocada na rede social, o que comprova a ampla dimensão do conteúdo impugnado”, diz trecho da decisão.

Em caso de descumprimento, a pena é de R$ 100 mil, mesmo valor para novas veiculações. Na peça da equipe de Bolsonaro foram apontados 48 links para serem removidos.

Leia também: TSE manda Lula retirar do ar vídeos que ligam Bolsonaro à pedofilia

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