“Pré-campanha” para prefeitura de Goiânia começa em janeiro

Findado o processo eleitoral de 2022, é a hora dos postulantes se movimentarem. Em Goiânia, situação não é diferente

Postado em: 04-11-2022 às 07h00
Por: Redação
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Findado o processo eleitoral de 2022, é a hora dos postulantes se movimentarem. Em Goiânia, situação não é diferente | Foto: Prefeitura de Goiânia

Felipe Cardoso e Francisco Costa

A “pré-campanha” para as prefeituras municipais começa em janeiro. Findado o processo eleitoral de 2022, é a hora dos postulantes a comandar os municípios se movimentarem. E Goiânia não é diferente. O Jornal O Hoje escutou alguns analistas e interlocutores para montar um possível quadro de 2024. 

Na capital, o pré-candidato óbvio na disputa é o atual prefeito Rogério Cruz (Republicanos). A vida do gestor em 2024, todavia, pode não ser tão fácil. Para começar, ele não foi o dono dos votos que o elegeu. O eleito, de fato, foi Maguito Vilela (MDB), que faleceu ainda em janeiro de 2021 em decorrência de sequelas da Covid-19. 

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Meses depois, Rogério rompeu com o MDB e houve a debandada do secretário maguitista. A situação gerou desgaste, assim como a relação de Rogério e da Câmara de Goiânia. A coluna Xadrez já abordou as dificuldades do prefeito em mais de um momento. Para o jornalista Wilson Silvestre, o prefeito não tem acertado a mão na política e na gestão, o que mantém um clima de animosidade entre ele e os vereadores. 

“Existe boa vontade do prefeito em se acertar, mas seus auxiliares batem cabeça e travam ações prioritárias que já deveriam ter sido resolvidas. São várias obras inacabadas, coleta de lixo ineficiente e aspecto de cidade mal cuidada. Obras importantes que faltam o mínimo para serem concluídas, mas aos olhos da população, estão paralisadas”, disse uma fonte.

Além disso, há questões de projetos como o Plano Diretor, que não foi enviado à Câmara no tempo certo, o que teria impactado na campanha de não eleitos deste ano. Fora os desgastes de outras pautas na Câmara teve que pegar. E vale lembrar, o prefeito também não conseguiu eleger a esposa Thelma Cruz (Republicanos) à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).

Mais recentemente, houve uma exoneração em massa no paço. Os vereadores ainda aguardam o processo de renomeação de indicados para que ocorra a reconstrução da base dele na Câmara. 

E se não for?

Nos bastidores, a informação que circula é que Rogério já cogitou não disputar a reeleição, caso sua aprovação entre os goianos não decole. Nessa situação, o Republicanos pode ainda ter candidatura em 2024. 

Presidente estadual da sigla, o deputado federal João Campos disputou o Senado neste ano na chapa de Gustavo Mendanha (Patriota), mas não conseguiu o mandato. Ele é um dos nomes que poderia se colocar na corrida pelo paço municipal. Da mesma forma, o deputado estadual e deputado federal eleito Jeferson Rodrigues poderia representar a sigla na disputa. 

Outras possibilidades

O PSDB de Marconi Perillo também deve começar a se movimentar, apesar da pouca tradição na prefeitura de Goiânia. Interlocutores apostam que o ex-governador não deve entrar na disputa, mas articular nomes como o da vereadora por Goiânia Aava Santiago, que é presidente metropolitana da sigla, ou do jornalista Matheus Ribeiro, segundo tucano mais votado com 46,9 mil eleitores para a Câmara Federal. 

Com a vitória de Lula, o PT também deve vir forte em 2024. O nome provável seria o da deputada federal eleita Adriana Accorsi, que já disputou o paço duas vezes, tendo terminado em terceiro lugar em 2020. Ela, todavia, já disse em mais de uma ocasião que cumprirá os quatro anos de mandato na Câmara Federal em respeito aos seus mais de 96,7 mil eleitores. Nada impede que a sigla tente convencê-la do contrário. O Partido dos Trabalhadores conta com outros quadros, entre eles o próprio Wolmir Amado, que disputou o Palácio das Esmeraldas. 

Há, ainda, a possibilidade do senador Vanderlan Cardoso (PSD) tentar nova investida na capital. O ex-prefeito de Senador Canedo já chegou a dois segundos turnos em Goiânia: um contra Iris Rezende e outro Maguito Vilela. Já bateu na trave duas vezes. 

Deputado federal pelo PSB, Elias Vaz disputou o último pleito e terminou em quinto lugar. Na Câmara, se destacou pela oposição a Bolsonaro (PL). Presidente estadual da legenda ele ainda pode avaliar o cenário.

MDB

O MDB tem tradição em Goiânia. A capital teve Iris Rezende em diversas gestões e no último pleito elegeu Maguito Vilela. Em 2024, o partido pode lançar o deputado estadual reeleito Bruno Peixoto na disputa. 

O político vive sua melhor fase. Líder do governo na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) e talvez o nome mais forte para substituir Lissauer Vieira (PSD) na presidência da Casa, ele foi o deputado estadual mais votado neste ano: 73,6 mil eleitores. Caso concorra, ainda deverá ter o apoio do governador Ronaldo Caiado (União Brasil).

Além disso, entra na equação uma questão pessoal. Bruno nunca escondeu que seu sonho político é ser prefeito de Goiânia. Como dito, ele vive o ápice da carreira política. Caso mantenha essa força pelos próximos dois anos, estará no momento certo para disputar a prefeitura de Goiânia.

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