Oposição articula para barrar taxação do agro na Alego

Assembleia votará de maneira definitiva taxação do agro nesta terça-feira (22)

Postado em: 21-11-2022 às 08h34
Por: Francisco Costa
Imagem Ilustrando a Notícia: Oposição articula para barrar taxação do agro na Alego
Oposição ainda acredita que pode impedir aprovação. Fim de semana foi de articulação | Foto: Reprodução

A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) votará em segunda e definitiva votação a taxação do agro nesta terça-feira (22/11). A oposição ainda acredita que pode impedir a aprovação e o fim de semana foi de articulação. 

Vale lembrar que na quinta-feira (17/11), as matérias que criam o fundo e estabelece a contribuição passaram na Alego com 22 votos a 16. A taxa pode chegar até 1,65% e é optativa. Aqueles que recebem benefícios fiscais e optarem por não pagar, contudo, perdem a benesse. Os produtos incluídos na contribuição são milho, soja, cana de açúcar, carnes e minérios. 

Os contrários a matéria foram: Adriana Accorsi (PT), Alysson Lima (PSB), Amauri Ribeiro (Patriota), Antônio Gomide (PT), Chico KGL (União Brasil), Cláudio Meirelles (PL), Eduardo Prado (PL), Gustavo Sebba (PSDB), Hélio de Sousa (PSDB), Humberto Teófilo (Patriota), Major Araújo (PL), Paulo Cézar Martins (PL), Paulo Trabalho (PL), Sérgio Bravo (PSB) e Zé Carapô (Pros). O presidente Lissauer Vieira (PSB) também foi contrário.

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Votaram a favor da taxa do agro: Álvaro Guimarães (União Brasil), Bruno Peixoto (União Brasil), Dr. Antonio (União Brasil), Rubens Marques (União Brasil), Talles Barreto (União Brasil), Tião Caroço (União Brasil), Virmondes Cruvinel (União Brasil), Amilton Filho (MDB), Charles Bento (União Brasil), Francisco Oliveira (MDB), Lucas Calil (MDB), Thiago Albernaz (MDB), Zé da Imperial (MDB), Cairo Salim (PSD), Max Menezes (PSD), Wilde Cambão (PSD), Coronel Adailton (PRTB), Dr. Fernando Curado (PRTB), Julio Pina (PRTB), Jeferson Rodrigues (Republicanos), Rafael Gouveia (Republicanos) e Henrique César (PSC).

Dois deputados estaduais que votariam contra a pauta estavam ausente: Lêda Borges (PSDB) e Karlos Cabral (PSB). A conta é que são necessários mudar o voto de três parlamentares – ou pelo menos dois, pois com o empate quem decide é o presidente da Alego, Lissauer Vieira. 

Articulação

Paulo Trabalho acredita na reversão. Segundo ele, a pressão e mobilização dos produtores rurais, que já ocuparam as tribunas da Casa na última quinta, será muito maior na terça. Para ele, a data será decisiva para os ruralistas mostrarem força. O deputado também criticou o governador Ronaldo Caiado (União Brasil), por prejudicar adversários com um projeto que irá “assassinar” a carreira política de muitos. 

Segundo Humberto Teófilo, devido As pressões do governo, o pós votação primeiro turno exigiu um jogo estratégico mais “calado” para barrar a votação em segundo. Sobre isso, ele explica que se trata do mano a mano, a conversa individual com cada deputado. “É possível, sim, reverter. Tivemos 16 votos e podíamos atingir 18. Dos 22, podemos recuperar, pelo menos, dois com pessoas envolvidas no agro. Dois a três.”

Primeiro turno

Manifestantes acompanharam a sessão plenária que resultou na aprovação em primeiro turno da taxação do agro. O clima, pelo segundo dia consecutivo – pois na quarta (16) a matéria transitou por comissões –, foi de tensão. Deputados da base e oposição usaram a tribuna para comentar a matéria que divide o Parlamento. 

Vaias e aplausos voltaram a dar o tom das reuniões que se estenderam até às 21h50 da última quinta. As vaias foram novamente direcionadas aos governistas que se arriscaram defender a matéria – ou optaram pelo silêncio durante a discussão do assunto. Quanto aos aplausos, esses ficaram com a oposição que não hesitou em rechaçar o texto da governadoria. As intervenções, contudo, não impediram o resultado de 22 a 16.

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