Temer destaca importância de submarinos

O presidente acionou o mecanismo simbólico que uniu duas partes da embarcação

Postado em: 21-02-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O presidente acionou o mecanismo simbólico que uniu duas partes da embarcação

A Marinha começou ontem a fase de integração dos quatro submarinos convencionais da Classe Riachuelo, construídos pelo Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub). O presidente Michel Temer e outras autoridades participaram da cerimônia de início da montagem final do primeiro deles, no Complexo Naval de Itaguaí, na região metropolitana do Rio de Janeiro. O presidente acionou o mecanismo simbólico que uniu duas partes da embarcação.

Temer destacou a importância da construção do submarino para o desenvolvimento tecnológico e científico do país. “Vamos avançando a passos firmes em um projeto abrangente e ambicioso. O Prosub é peça chave não apenas em nossa política de defesa, mas também em nossa estratégia de desenvolvimento científico e tecnológico. Estamos construindo mais um capítulo em defesa da soberania nacional”.

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O presidente lembrou que a construção do submarino de propulsão nuclear, com tecnologia totalmente brasileira, impulsionará também setores tecnológicos como a medicina e a matriz energética, além de gerar empregos de mão de obra extremamente especializada.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, destacou a importância do país ter capacidade de dissuasão, alcançada com os submarinos, apesar de ser um país pacífico. “Vai nos possibilitar a capacidade de ter uma tecnologia que nos dê defesa, desenvolvimento e produtividade. O Brasil é um país provedor de paz. O Brasil é um defensor da ordem internacional e do direito internacional dos povos. Nós respeitamos a soberania e não aceitamos a solução pela força e a ingerência seja de quem for e por qual motivo. Mas infelizmente na ordem internacional prevalece a anarquia e não o direito. Por isso o Brasil precisa de capacidade de dissuasão para defender a sua soberania, o seu território e os seus interesses. Embora pacífico, não é desarmado e nunca será desarmado na defesa de seu povo e dos seus interesses”.

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, lembrou que o projeto gera 4.700 postos de trabalho diretos e indiretos, o que é necessário para o estado, segundo ele, inclusive para promover a segurança.

“Hoje, a gente começa a retomar [a economia], devido a esse grande trabalho da equipe econômica. O Brasil começa a crescer de novo. O que nós precisamos no estado do Rio é de muita segurança, e o senhor [presidente Temer] está sendo parceiro nosso, mas a gente precisa muito de emprego, que a atividade econômica volte fortemente. O que o ministro [da Fazenda, Henrique] Meirelles puder colocar aqui, trazer investimentos estratégicos, é fundamental. A gente só ganha a guerra da segurança pública com a carteira de trabalho assinada”.

Construção

Essa fase é a última antes do lançamento ao mar do submarino Riachuelo, previsto para o segundo semestre. A montagem envolve elevada sofisticação tecnológica e o projeto conta com a participação de universidades e centros de pesquisa, fomentando o desenvolvimento tecnológico e de materiais do país.

Os segmentos foram construídos na Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (Ufem), também em Itaguaí, e foram transportados em três etapas. A primeira, no dia 14 de fevereiro, levou para o local da montagem, distante cinco quilômetros do local de fabricação, uma parte com 39,86 metros de comprimento, 12,30 de altura e pesando 619 toneladas. A segunda parte, com 18 metros de comprimento e 370 toneladas, foi transportada no dia 4 de fevereiro. O último segmento, com 14 metros e 190 toneladas, foi movimentado no dia 8 de fevereiro. (Agência Brasil) 

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