Após soltura, Wesley Batista aguarda colocação de tornozeleira eletrônica

Ele deixou a carceragem da Polícia Federal, na zona oeste da capital paulista, pouco antes das 3h de hoje (21). Já, o irmão Joesley, continua preso em função de outro mandado de prisão

Postado em: 21-02-2018 às 11h10
Por: Márcio Souza
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Ele deixou a carceragem da Polícia Federal, na zona oeste da capital paulista, pouco antes das 3h de hoje (21). Já, o irmão Joesley, continua preso em função de outro mandado de prisão

O empresário Wesley Batista aguarda em casa os trâmites para
a colocação da tornozeleira eletrônica, conforme determinação do Superior
Tribunal de Justiça (STJ). Segundo o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro,
o Kakay, ele espera ser convocado para fazer o procedimento. “Talvez vá colocar
hoje, depende da disponibilidade”, disse.

Ontem (20), a sexta turma do tribunal concedeu liberdade a
Wesley e o irmão, Joesley, donos do grupo J&F, controlador do frigorífico
JBS. Ambos foram presos preventivamente em setembro do ano passado, por
determinação da Justiça Federal em São Paulo.

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Wesley deixou a carceragem da Polícia Federal, na zona oeste
da capital paulista, pouco antes das 3h de hoje (21). Joesley continua preso em
função de outro mandado de prisão, expedido no ano passado pelo ministro Edson
Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A soltura de Wesley Batista foi decidida pelo STJ no caso em
que os irmãos são acusados de usar informações obtidas por meio de seus acordos
de delação premiada, para vender e comprar ações da JBS no mercado financeiro.

No caso que tramita no Supremo, a prisão por tempo
indeterminado dos acusados foi requerida pelo ex-procurador-geral da República
Rodrigo Janot, após a anulação da imunidade penal concedida por ele a Joesley e
Ricardo Saud, ex-diretor do J&F. O procurador concluiu que eles omitiram
informações à Procuradoria-Geral da República durante o processo de assinatura
do acordo de delação premiada.

A defesa dos irmãos Batista alega que o grupo JBS não obteve
vantagens com a compra de dólares e venda de ações da companhia às vésperas da
delação premiada de Joesley. Segundo os defensores dos irmãos Batista, a
empresa manteve o padrão histórico nas operações do período.

Medidas cautelares

Além de determinar o monitoramento eletrônico, o STJ
determinou uma série de medidas cautelares ao atender o pedido de habeas corpus
em favor dos empresários. Eles devem comparecer à Justiça quando convocados e
estão proibidos de deixar o país ou de participar de operações no mercado
financeiro. 

Com informações da Agência Brasil. Foto: Reprodução 

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