Alckmin diz que indicação de mulher negra ao STF seria “extremamente positiva”

Entidades e juristas têm feito pressão para que a próxima indicação do presidente Lula tenha esse perfil

Postado em: 14-03-2023 às 09h09
Por: Francisco Costa
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Entidades e juristas têm feito pressão para que a próxima indicação do presidente Lula tenha esse perfil (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB) afirmou que seria “extremamente positiva” a indicação de uma mulher negra para ministra do Supremo Tribunal Federal (STF). Entidades e juristas têm feito pressão para que a próxima indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha esse perfil.

A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia, o Instituto Marielle Franco, a Coalizão Negra por Direitos, o Grupo Prerrogativas e outras fazem parte desse grupo. “Evidentemente, há muitas mulheres negras com notório saber jurídico e reputação ilibada, que assim preenchem os requisitos constitucionais para serem ministras do STF”, diz trecho de um manifesto.

Alckmin, por sua vez, argumenta que “sempre que nós pudermos ampliar a presença das mulheres, é extremamente positivo. E também a presença negra, é importante e relevante”. A fala foi dada à jornalistas após evento da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos. Ele reforçou, contudo, que cabe ao presidente indicar e o Senado decidir, mas emendou: “Nós somos um País de miscigenação, formado por raiz africana.”

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O presidente Lula poderá indicar dois ao STF em seu mandato, ambos em 2023. Rosa Weber e Ricardo Lewandowski farão 75 anos nos próximos meses e se aposentam compulsoriamente.

Lewandowski será o primeiro. Ele se aposenta em 11 de maio. Weber, em 2 de outubro. Um dos nomes que tem sido repercutido para ministro – e gerado críticas pela proximidade com Lula – é o do advogado Cristiano Zanin. Ele defendeu o presidente em processos da Lava Jato e é amigo do petista.

Durante a campanha, o presidente afirmou que não gostaria de “amigo em nenhuma instituição”. Além disso, no debate da Folha disse que “não é prudente, não é democrático um presidente da República querer ter os ministros da Suprema Corte como amigos. Eu acho que a Suprema Corte tem que ser escolhida por competência, por currículo, e não por amizade”. Apesar disso, já sinalizou que poderia indicar Zanin.

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