Magda terá o “lugar que quiser” no Mais Brasil, diz Braga

Felipe Cardoso e Francisco Costa

O presidente do Patriota e futuro dirigente do Mais Brasil, Jorcelino Braga, mantém viva a esperança de ver, em breve, a sigla sair do papel. Desde janeiro os entusiastas da fusão entre o Patriota e o PTB aguardam ansiosamente pela homologação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Nos bastidores a informação é de que a nova sigla terá a deputada federal Magda Mofatto como presidente. Questionado sobre isso, Jorcelino disse que Magda terá no partido o “lugar que quiser”. “A Magda é muito bem-vinda. Gosto muito dela. É uma pessoa de valor. Estamos esperando a homologação do TSE para conversarmos sobre o assunto, sem a homologação não temos partido, então não adianta”, disse Braga.

Vale lembrar que a previsão era de que a homologação ocorresse até 30 de abril, o que não ocorreu. Se Magda assumir, de fato, a presidência em Goiás, Jorcelino declarou que ficará incumbido de cuidar do cenário nacional. 

Mofatto, por sua vez, não negou em entrevista à reportagem que o caminho natural seja o Mais Brasil, mas enfatizou que neste momento está empenhada em acompanhar seu processo de desfiliação de perto. 

“Existe essa conversa [de assumir a presidência], mas só quando concretizar é que tornarei público. Estou agora concluindo minha desfiliação. É um processo longo e demorado, mas quero me assegurar para que ninguém tome meu mandato, por isso todas as precauções”, disse a parlamentar. 

Conforme mostrado pelo O Hoje, Mofatto tem o Mais Brasil como favorito. Atualmente sem partido, a deputada disse que já recebeu diversas propostas de filiação e assegurou que não fechará nenhuma porta. 

Em relação à fusão que dará origem ao Mais Brasil, o processo está praticamente finalizado. O estatuto está pronto e o novo partido já foi registrado em cartório.

Os ex-presidentes do PL, Flávio Canedo e sua esposa Magda Mofatto, deixaram o partido em março. Eles tiveram autorização do presidente nacional da legenda, Valdemar da Costa Neto, para a desfiliação. 

A assessoria dos políticos confirmou a saída, que foi motivada pelas duas últimas mudanças da legenda. Antes da eleição, o deputado federal à época, Major Vitor Hugo, assumiu a presidência para disputar o governo de Goiás com as bênçãos de Bolsonaro (PL). Naquele momento, o partido estava sob o comando de Flávio Canedo. 

Flávio e Magda estavam em viagem nos Estados Unidos e foram pegos de surpresa. Eles chegaram a fazer uma postagem sobre o significado do “silêncio” nas redes sociais, mas permaneceram no partido. A expectativa era retomar o comando quando a nova legislatura assumisse no Congresso, o que não aconteceu. O senador Wilder Morais foi quem se tornou presidente da sigla.

Vale lembrar que o Jornal O Hoje já tinha antecipado a insatisfação de Magda Mofatto quando Wilder foi anunciado como presidente. Em entrevista à reportagem, ela foi sucinta ao comentar o anúncio: “É coisa da política.”