Fachin autoriza nova perícia em celular de Eduardo Cunha

Segundo a PF, no celular de Cunha, consta mensagens em que ele cita Michel Temer que, de acordo com interpretações da PF, trata de pagamento de propina pelo empresário Joesley Batista

Postado em: 04-06-2018 às 17h50
Por: Márcio Souza
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Segundo a PF, no celular de Cunha, consta mensagens em que ele cita Michel Temer que, de acordo com interpretações da PF, trata de pagamento de propina pelo empresário Joesley Batista

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal
Federal (STF), autorizou uma nova perícia em um aparelho celular do ex-deputado
Eduardo Cunha (MDB-RJ), dentro de um inquérito da Lava Jato que tramita na
primeira instância.

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Segundo a Polícia Federal (PF), constam no aparelho
da marca Blackberry mensagens em que Cunha cita o presidente Michel Temer. O
diálogo, segundo interpretação dos agentes da PF, trata do pagamento de propina
pelo empresário Joesley Batista, do Grupo J&F.

A diligência foi solicitada ao STF pelo juiz Sérgio
Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, que por sua vez autorizou a nova perícia
no celular a pedido da defesa de Cunha. O equipamento encontra-se na sede do
Supremo, em Brasília, e será encaminhado a Curitiba.

Perícia

A PF já fez uma perícia no aparelho, cujo laudo
encaminhou a Fachin. Segundo os agentes, Cunha e o então deputado Henrique
Eduardo Alves (MDB-RN) conversaram, em 2012, sobre o repasse de propina por
Joesley Batista a políticos do MDB na Câmara.

De acordo com a PF, a certo ponto do diálogo, Cunha
teria dito a Alves que a distribuição de pagamentos combinada com Joesley não
agradaria a Temer. “Isso vai dar merda com o Michel”, escreveu Cunha, segundo o
laudo da PF.

Entretanto, ao ser remetido à primeira instância,
somente o laudo foi encaminhando junto com os autos, motivo pelo qual a defesa
de Cunha solicitou o envio das mídias com os arquivos extraídos e do aparelho
para nova perícia.

Neste inquérito da Lava Jato, Cunha é investigado
por supostamente participar de um esquema de desvio de recursos na contratação
de navios-sonda pela Petrobras. O ex-deputado nega qualquer participação.
Atualmente, ele se encontra preso preventivamente no Complexo Médico-Penal de
Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.

 Com informações da Agência Brasil. 

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