Reeleição e sucessão, os desafios dos prefeitos do Entorno do DF

Levantamento do jornal O Hoje mostra que, dos 20 prefeitos, doze podem concorrer à reeleição ano que vem

Postado em: 09-06-2023 às 07h54
Por: Yago Sales
Imagem Ilustrando a Notícia: Reeleição e sucessão, os desafios dos prefeitos do Entorno do DF
Levantamento do jornal O Hoje mostra que, dos 20 prefeitos, doze podem concorrer à reeleição ano que vem | Foto: Reprodução

Doze prefeitos goianos do Entorno do Distrito Federal, dos 20, podem concorrer à reeleição ano que vem, conforme levantamento da reportagem. No percurso até as urnas, no entanto, nem sempre são flores, como afirma o dito popular. Em algumas cidades os prefeitos estão apreensivos com o crescimento de rivais que, em algum momento, estiveram ao lado, inclusive na chapa. Para a maioria, o trabalho e a construção de aliança podem ser a saída para a viabilidade eleitoral. 

Para municípios com prefeitos que foram reeleitos no pleito de 2020, a expectativa está no entorno da indecisão de quem vai suceder o atual, como é o caso de Abadiânia, atualmente sob a gestão do prefeito Zé Diniz (PP). A situação é a mesma para o prefeito de Águas Frias de Goiás, Dr. Eduardo (Solidariedade). 

Já em Águas Lindas de Goiás, o prefeito Dr. Lucas da Santa Mônica (Podemos) busca a reeleição. O médico teve uma vitória apertada sobre um grupo forte da cidade. Devido a impedimento legal, o eventual candidato, Marco Tullio, no dia 28 de outubro, escolheu às pressas Wilson Carvalho, um jovem de 21 anos, para sucedê-lo na disputa.

Continua após a publicidade

No segundo mandato, o prefeito de Alexânia, Allysson Lima, pode apoiar o seu vice, Matheus Ramos (PSDB), muito atuante nas redes sociais. O rapaz foi eleito vereador em 2016, aos 21 anos e ficou na suplência para uma das 41 cadeiras da Assembleia Legislativa em 2018. Na linha de frente da juventude tucana, é vice-presidente nacional da juventude do PSDB. 

O prefeito de Cabeceiras, Everton Francisco de Matos, o Tuta, foi reeleito em 2020. Venceu o único opositor, Luiz Inácio (PP), que pode dar trabalho para o candidato escolhido por Tuta para sucedê-lo. 

Além de Tuta, outros prefeitos têm a mesma missão no Entorno do Distrito Federal para a sucessão e a reportagem do jornal, no decorrer dos próximos dias, vai detalhar cada um dos casos, como na Cidade Ocidental, com Fábio Correa. 

No caso de Francisco Alexandre, o Chico Vaca, prefeito de Corumbá de Goiás que, depois de dois mandatos como vereador e um como vice, foi eleito prefeito em 2020. 

Em Cristalina, contudo, o desafio de Daniel Sabino Vaz (UB), o Daniel do Sindicato, é fazer um sucessor, que deve ser o emedebista Jean Eustáquio Magalhães Alves. Tolhido por Daniel, que é o maior popular dos políticos da cidade dos últimos tempos, o vice que foi eleito em 2020, Luís Otávio Biazoto Massa, deve concorrer à prefeitura. 

Algo semelhante ocorre em Luziânia. O prefeito da cidade, Diego Sorgatto (União Brasil), também rompeu politicamente com a vice, Ana Lúcia que se tornou uma das principais vozes de oposição ao seu mandato. Ela era do mesmo partido de Sorgatto, mas o deixou, filiou-se ao PSC, com o qual disputou a Alego – obteve 21.336 votos. Ela é uma das apostas para a disputa eleitoral contra o prefeito que, por sua vez, é aliado do governador Ronaldo Caiado. Sorgatto foi vereador, deputado estadual duas vezes.

Já em Formosa, a vitória no projeto de reeleição de Gustavo Marques (Podemos) era dada como certa até que seu nome foi envolvido em uma delação de esquema de corrupção. Em uma nota enviada a um jornal, ele negou participação. Ele já foi vereador, vice-prefeito e chegou à Prefeitura em 2020 para o primeiro mandato. 

 Em algumas cidades, como Mimoso de Goiás, sob a gestão pela segunda vez pela prefeita Angela, a sucessão é uma incógnita. 

Em Novo Gama, Carlinhos do Mangão (UB) não deve encontrar empecilhos para ser reeleito no pleito do ano que vem. Visto como “humilde” e “trabalhador”, já foi frentista na cidade. Passou pela Câmara de Vereadores, Alego e foi eleito para o primeiro mandato em 2020. 

O prefeito de Padre Bernardo, Joseleide Lázaro (UB), no primeiro mandato, antes de chegar à Prefeitura foi vereador em 2016. Atualmente, tenta escapar da oposição ferrenha no município, sobretudo do tucano Cyro de Melo Pereira. 

Prefeito no terceiro mandato, foi empossado ao cargo pela primeira vez em 2009, Nivaldo Lopes tem tido dificuldades de convencer a população de Pirenópolis para viabilizar-se com apoio à reeleição. Enfrenta a agudeza de uma vereadora da cidade que, aos poucos, ganha espaço para ser uma forte candidata em 2024: Ynaê Siqueira (UB). 

Em Planaltina, o prefeito é o Delegado Cristiomário (UB) que busca a reeleição. Ele já foi prefeito, em 2016, e ficou na suplência como deputado estadual em 2018. O problema para seu projeto é um antigo opositor, Professor Zenilton (PSDB) que rivalizou com ele na eleição de 2020, ficando em segundo lugar no pleito.  

Em Santo Antônio do Descoberto, Aleandro Caldato (UB), tem na salvação para seu projeto de reeleição o bom convívio com deputados ligados ao agro. Pelo menos é o que comunicam a sua base na cidade. 

Ainda circula, por Valparaíso, uma cortina de fumaça. Ainda não é certo que deverá suceder o prefeito Pábio Mossoró. Sua rival na cidade, a deputada federal Lêda Borges (PSDB), deve indicar um nome que pode incomodar o atual mandatário. Tem sido difundido, à boca miúda, o nome do filho da parlamentar, Marco Túlio, diretor da Saneago. 

Assim como o prefeito de Vila Propício, Waldilei Lemos (UB), o prefeito de Vila Boa, Rubens Francisco Lopes (UB) deve buscar a reeleição ano que vem. Rubens foi vice-prefeito entre 2012 e 2016. 

Veja Também