TSE define quanto candidatos vão gastar

O limite foi estipulado levando em conta o tamanho do colégio eleitoral; em Goiás podem ser gastos R$ 9 milhões para governador

Postado em: 30-06-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O limite foi estipulado levando em conta o tamanho do colégio eleitoral; em Goiás podem ser gastos R$ 9 milhões para governador

Lucas de Godoi*

Os candidatos terão que limitar drasticamente seus gastos de campanha nas eleições deste ano. A adequação foi um dos pontos modificados com a reforma eleitoral aprovada no ano passado e divulgada nesta quinta-feira (28) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A resolução também fixa limites para contratação de pessoal. 

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O teto foi estipulado levando em conta o tamanho do colégio eleitoral. Em Goiás, para o cargo de governador, o limite de gastos será de R$ 9,1 milhões. Nas campanhas para o segundo turno, se houver, o limite de gastos de cada candidato será a metade do orçamento permitido na primeira oportunidade de votação.

Consultado anteriormente por O Hoje, o pré-candidato ao governo e presidente do MDB em Goiás, o deputado federal Daniel Viela, disse encarar a medida como benéfica para o processo democrático. Segundo ele, a realidade obriga os candidatos a terem mais corpo a corpo com os eleitores, além de criar um ambiente mais participativo. “Com valores máximos limitados para cada nível de candidatura, a disputa ficará mais igualitária. Caberá aos candidatos que estiverem em partidos que não consiga financiá-los com o fundo, buscarem eles mesmos doações entre seus eleitores. Será uma campanha mais colaborativa e competitiva”, pontua. 

Nesse mesmo sentido, o presidente e governadoriável Ronaldo Caiado (DEM), disse anteriormente ao jornal que a restrição de dinheiro vai forçar as propagandas a serem mais enxutas. “As campanhas tinham se tornado verdadeiras peças cinematográficas, sem qualquer conexão com a realidade. Quem estiver preparado, tiver autoridade moral e apoio da população vai conseguir bons resultados”, enfatiza.

Para o presidente do diretório municipal do PSOL, Flávio Marcos, o marco fixado não representa nem de longe o que é despendido pelos pequenos partidos. Segundo ele, a reforma eleitoral cuidou de interesses das grandes legendas. “Os tetos estão longe da nossa realidade. Mesmo em locais em que temos mais capilaridade eleitoral, como no Rio de Janeiro, não chegamos nem perto de 1/5 do teto”, critica. 

As medidas abrangem todo o país. No caso das campanhas presidenciais, os candidatos poderão gastar até R$ 70 milhões no primeiro turno e outros R$35 milhões em eventual segunda votação. O limite fixado às campanhas para deputado federal ficou em R$ 2,5 milhões. Para o cargo de deputados estadual, o teto ficou fixado em R$ 1 milhão. Para os senadores goianos, as despesas poderão chegar a R$ 3,5 milhões.

Despesas com pessoal

Em Goiás, que possui mais de 4 milhões de eleitores, poderão ser contratados para 2496 pessoas para trabalhar na campanha de governador; 1248 para as candidaturas ao senado e à presidência; 874 para deputado federal e 437 para deputado estadual. (* Especial para O Hoje) 

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