Sem Ana Paula e Mendanha, MDB pode indicar vice de Peixoto em Goiânia

Presidente do partido em Goiânia acredita que definições devam ocorrer em outubro

Postado em: 27-07-2023 às 08h30
Por: Redação
Imagem Ilustrando a Notícia: Sem Ana Paula e Mendanha, MDB pode indicar vice de Peixoto em Goiânia
A informação é do presidente do MDB em Goiânia, o vereador Henrique Alves | Foto: Divulgação/Prefeitura de Goiânia

Por Felipe Cardoso e Francisco Costa

O MDB faz pressão para que Ana Paula Rezende, filha do ex-prefeito e ex-governador Iris Rezende, seja candidata à prefeitura de Goiânia. A herdeira do líder político goiano, todavia, está reticente. Caso ela não concorra, o plano B do partido deve ser a indicação de um vice em uma eventual chapa encabeçada pelo presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), deputado estadual Bruno Peixoto (União Brasil). Apesar de não figurar como a única possibilidade, o ex-auxiliar de Iris, Paulo Ortegal, pode ser um nome. 

A informação é do presidente do MDB em Goiânia, o vereador Henrique Alves. De acordo com ele, Ortegal é um candidato que lembraria Iris Rezende por ser um “nome vinculado”. Além disso, o parlamentar argumenta que ele já provou ser um bom gestor. Paulo não só foi secretário do ex-prefeito emedebista, como foi amigo do ex-gestor por cerca de 40 anos.

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Nos bastidores, a informação é de que o nome do presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo (Patriota), também não é descartado para ocupar uma eventual vice de Peixoto. Apesar de estar filiado ao Patritora — partido atualmente inclinado a apoiar a reeleição de Rogério Cruz (Republicanos) — lideranças emedebistas trabalham para garantir o passe de Policarpo à sigla. Se isso acontecer, o presidente do Legislativo municipal pode ser o indicado. 

De volta, porém, ao discurso de Alves, o parlamentar vê grandes dificuldades de composição do partido com o atual prefeito. “Acho que o Daniel [Vilela, presidente estadual e vice-governador] não compõe. A bancada, nesse primeiro momento, vai ajudar a cidade. Até porque nós o elegemos.”

Dito isto, ele aposta em Ana Paula ou em Bruno Peixoto com o MDB na vice [com Ortegal]. O próprio Daniel Vilela já disse que gostaria de ter pelo Estado a dobradinha da legenda com o União Brasil do governador Ronaldo Caiado. “Mas a Ana Paula não tem se movimentado. Se ela quer, deve demonstrar empolgação, o que não é visto nos bastidores. Não sei se é estratégia, mas acredito que deveria ter outra postura”, argumenta Alves. 

Segundo ele, é comum reuniões dela com amigos e lideranças que a visitam. Ainda assim, não há participação dela em eventos públicos, inaugurações do governo do Estado, etc. “Precisa ir ao povo. Já estamos ‘em cima’ da eleição”, lembra que as convenções ocorrem daqui aproximadamente um ano. “Não sei se é estratégia ou se não tem interesse. Mas Daniel colocou prazo até outubro.”

Henrique acredita que esse prazo é suficiente para ter uma posição. “Caso ela não queira, acredito que o presidente da Alego, Bruno Peixoto, se consolida. Aí um possível vice seria Paulo Ortegal. Um nome que lembraria o Iris”, reafirma. 

Terceira via 

O nome do ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, também ventila entre as alternativas. Porém, como a mais distante delas. Isso porque Mendanha tem uma pedra no sapato. O político, vale lembrar, foi candidato à reeleição no município de Aparecida, de onde saiu vitorioso com mais de 95% dos votos na eleição de 2020. 

A Justiça Eleitoral, neste caso, o impede de concorrer novamente. Gustavo, contudo, tem apostado em uma brecha legal e deve reivindicar na Justiça o direito de participação no pleito. 

Os argumentos passam, basicamente, por dois pontos centrais. O primeiro, que ele teria deixado a prefeitura meses depois de reeleito e não poderia ter usado do pouco tempo que esteve à frente do segundo mandato para se beneficiar. O segundo passa pelo porte das cidades. Ele defende que não deve haver impedimento caso o candidato saia de uma cidade menor para disputar a prefeitura de uma cidade de maior estatura.  

O raciocínio de Mendanha divide os emedebistas. Parte deles acreditam que a tacada pode dar certo, outros não. Caso o plano de Mendanha não prospere, um dos favorecidos nessa história seria justamente o presidente da Alego, que seria visto como a alternativa mais viável para garantir à base governista o controle da capital, especialmente se Ana Paula não ceder às investidas que estão por vir.

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