Vilmar defende que PSD defina pré-candidatura em Goiânia até novembro

“Acho que ele quer disputar, mas precisa definir logo”, afirma o ex-presidente da legenda em Goiás

Postado em: 04-09-2023 às 08h00
Por: Francisco Costa
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“Acho que ele quer disputar, mas precisa definir logo”, afirma o ex-presidente da legenda em Goiás. | Foto: Reprodução

Fundador e primeiro presidente em Goiás do PSD, Vilmar Rocha deu lugar ao senador Vanderlan Cardoso no comando da legenda, no primeiro semestre deste ano. Mas se engana quem acredita que o ex-deputado federal deixou de lado a política. “Continuo no partido, trabalhando para fortalecer e crescer no pleito municipal.” Experiente, ele entende que a sigla deveria já definir a pré-candidatura para a prefeitura, especialmente de Goiânia, entre outubro e novembro, um ano antes das eleições de 2024.

E para ele, o sucessor na presidência, senador Vanderlan Cardoso, é o candidato natural. “O Vanderlan é o nome partidariamente natural. Se ele quiser, ele tem toda legitimidade para ser candidato. Mas se não for, aí zeramos o jogo e reiniciamos a discussão”, argumenta. Para ele, o pleito está favorável ao congressista. 

Vale lembrar, Cardoso, que é ex-prefeito de Senado Canedo, bateu na trave duas vezes em eleições de Goiânia. Em 2016, foi ao segundo turno com Iris Rezende. Já em 2020, enfrentou Maguito Vilela na parte final do pleito. Ambos os adversários eram emedebistas. “Então, acho que ele quer [disputar]”, opina Vilmar. “Mas precisa definir logo.”

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A defesa de Vilmar pela agilidade na definição também tem a ver com a formação de chapa de vereadores. Segundo ele, fazer uma chapa completa é tarefa árdua, uma vez que existe a cota de gênero e o prazo é curto se deixar para o ano que vem. “Se definir este ano, tem até abril de 2024 para definir. Lembrando que dezembro e janeiro são praticamente recessos. Se deixar para o ano que vem, sobra apenas fevereiro e março, praticamente.”

Segundo ele, além da questão da chapa de vereadores, é necessário estruturar a campanha, “que começa em 7 de abril [a pré-campanha]”. “É tão ou mais importante que a campanha. Pode fazer de tudo, reuniões, encontros, e tem o dobro do prazo da campanha. Resumindo, até abril é preciso chapa de vereadores completa, campanha estruturada e propostas definidas.”

PSD e PT

Na ocasião, Rocha também comentou sobre a possibilidade de uma composição entre PSD e PT, que estaria em discussão na esfera na nacional para chegar a municipal. O ex-deputado federal vê pouca possibilidade de isso acontecer.

“Acho pouco provável. Minha tese é que o PSD tem que ter candidato em Goiânia [e o PT também quer ter]. Sempre estivemos na chapa majoritária, desde a fundação. O partido foi fundado em 2011 e em 2012 tivemos Francisco Jr. em uma vice. Em 2016, ele disputou a prefeito e, em 2020, também tivemos candidato [Vanderlan]”, lembrou. 

Projeto pessoal

Questionado se tem projeto para 2024, Vilmar esclarece que não. A função será ajudar os aliados politicamente com apoio, mas não haverá disputa eletiva. Segundo ele, o pleito seguinte é outra história. “Vou reafirmar o que eu disse quando deixei a presidência do PSD: continuo no jogo político. Vou participar fortemente da eleição municipal e fortemente em 2026. Inclusive, pretendo ser candidato em 2026”, adianta. Questionado sobre qual cargo ele deve disputar, ele diz que ainda é cedo para definir.

Por enquanto, o foco de Vilmar Rocha está na agenda acadêmica, política e intelectual. “Mas menos partidária e eleitoral, o que vai mudar a partir do ano que vem”, ressalta. Apesar disso, ele, que é membro da Executiva Nacional, participou das eleições suplementares de Cachoeira Alta. Apoiado pelo pessedista, Marcelo Paula, do MDB, venceu a disputa para o cargo de prefeito com 56,08% dos votos.

E por falar em apoio fora do PSD, o ex-deputado foi questionado sobre a possível aproximação de Vanderlan e do governador Ronaldo Caiado (União Brasil). Isto, entretanto, ele declarou que é melhor perguntar a eles. “Não sei dizer.”

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