Na presença de ministro, Caiado assina pacto de combate à fome

Plano destina crédito a custo zero para 1,6 mil famílias e fomento rural no estado, além de priorizar inserção no mercado de trabalho

Postado em: 01-11-2023 às 08h30
Por: Felipe Cardoso
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Assinatura do pacto nacional contou com a participação do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias | Foto: Wesley Costa/Secom

O pequeno auditório da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) mal comportou a quantidade de pessoas que lá estiveram na manhã da última terça-feira, 31, para testemunhar a concretização de uma importante parceria. Em um ato conjunto, os governos federal e estadual assinaram um pacto pelo fim da fome no estado e no país. 

Em evento com a presença do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), assinou o termo de adesão ao Plano Brasil Sem Fome. 

Pela iniciativa, 1,6 mil famílias que integram o Programa de Aquisição de Alimentos (PPA) no estado receberão repasse de R$ 4,6 mil para fortalecer a produção da agricultura familiar. Em outra ponta, o governo federal dobrou o recurso para o PPA, de R$ 8 milhões para R$ 16 milhões, viabilizando a ampliação desses beneficiados. 

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O Plano Brasil Sem Fome tem por objetivo a erradicação da situação de insegurança alimentar grave em todo o território nacional e a redução progressiva do contingente de pessoas afetadas por insegurança nutricional. Além disso, o projeto visa mobilizar estados e municípios e fomentar programas, projetos e ações que contribuam para o enfrentamento da fome.

Ao comentar as expectativas para o trabalho conjunto, o ministro destacou, primeiro, que a discussão recai sobre um desafio “que não é pequeno”. “Temos não só que reduzir a pobreza, mas tirar, de novo, o Brasil do mapa da fome. Sabemos que ninguém faz nada sozinho e é por isso que estamos aqui hoje”. O titular lamentou o desmonte das ações que levaram o País ao patamar de 2014.

O governador Ronaldo Caiado, depois de tecer elogios ao ministro, com quem trabalhou no Congresso Nacional anos antes de chegar ao comando do governo de Goiás, fez um discurso um tanto quanto otimista. “Duvido que ao final do nosso governo algum estado terá um resultado como o nosso. Chegaremos ao final dessa gestão com o menor percentual de pessoas na faixa da pobreza. Disputarei com os outros 26, pois esse é o nosso grande desafio”. 

Caiado também destacou os indicadores positivos de Goiás no que diz respeito à educação e complementou sua fala enfatizando que “não há outro caminho” para romper o ciclo da pobreza senão pelo acesso ao ensino de qualidade.

Ainda em nome do governo goiano, a primeira-dama Gracinha Caiado (UB) destacou o trabalho realizado pelo gestor ao longo dos últimos cinco anos, bem como as ações encabeçadas como coordenadora do Goiás Social. “O combate à fome exige não apenas planejamento, mas ações concretas. Quem tem fome tem pressa. Sou nordestina e conheço a pobreza de perto. Aqui em Goiás a realidade é diferente, mas não menos preocupante”, introduziu.

A primeira-dama disse que o governo preza, sobretudo, pela busca ativa das pessoas. “Por isso temos ido a cada lugar desse estado com a nossa equipe”, complementou. Gracinha considerou, depois, que o agro em Goiás é social. Nesse sentido, a primeira-dama saiu em defesa do Programa de Aquisição de Alimentos de Pequenos Produtores (PPA). “Quero, inclusive, senhor ministro, pedir que se aumente, se possível, dobre, o valor do repasse em 2024. Sabemos que o governo não pode tudo, mas pode muito. Sabemos também que incentivar a agricultura familiar é sinônimo de geração de renda para o povo”, argumentou. O pedido de Gracinha, segundo o ministro, será atendido. 

Ainda no evento da última terça, em uma segunda vertente da ação, foi assinado um protocolo de intenção para promover acesso de pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) em vagas de emprego. A estratégia envolve esforços também do município de Goiânia. “Queremos fazer o máximo para chegarmos a essas pessoas”, disse o prefeito da capital, Rogério Cruz (Republicanos).

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