Compromissos globais e obstáculos enfrentados na redução dos combustíveis fósseis

O processo de resolução de problemas geralmente começa pela identificação do problema em questão. Recentemente, líderes de quase 200 países participaram da cúpula COP28 das Nações Unidas em Dubai, onde concordaram em tomar medidas para reduzir a dependência de combustíveis fósseis, reconhecendo os riscos associados a essa dependência.

Embora o acordo tenha sido considerado histórico, sua implementação enfrenta desafios. A falta de compromissos explícitos sobre a redução ou eliminação dos combustíveis fósseis levanta preocupações entre diversos países, grupos da sociedade civil e cientistas.

A história da humanidade, ao longo de 300 mil anos, experimentou transformações significativas desde a revolução industrial, impulsionada pela exploração de combustíveis fósseis. Essa era trouxe prosperidade e melhorias na qualidade de vida. No entanto, a necessidade urgente de uma transição para fontes de energia renovável é agora amplamente reconhecida.

Embora a energia renovável tenha se tornado mais acessível do que os combustíveis fósseis, a transição enfrenta desafios relacionados aos custos iniciais, especialmente em países mais pobres. A primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley, propôs soluções para apoiar países em desenvolvimento nesse processo, buscando reduzir custos e atrair investimentos.

A Agência Internacional de Energia (AIE) prevê uma redução na participação dos combustíveis fósseis no fornecimento global de energia até 2030. No entanto, a magnitude da transição necessária é substancial, exigindo a eletrificação praticamente global em um curto período, conforme alerta a ciência.O debate sobre a viabilidade e a rapidez dessa transição para a energia limpa continua. A importância de uma mudança eficaz é destacada pela urgência apontada pela comunidade científica, que alerta para um prazo limitado para agir diante das mudanças climáticas.