“A campanha chega aos indecisos”

O candidato a vice-governador na chapa democrata de Ronaldo Caiado afirma que a campanha trabalha com intensidade para ganhar a eleição ao governo estadual no primeiro turno

Postado em: 27-09-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O candidato a vice-governador na chapa democrata de Ronaldo Caiado afirma que a campanha trabalha com intensidade para ganhar a eleição ao governo estadual no primeiro turno

O candidato a vice-governador na chapa democrata de Ronaldo Caiado, deputado estadual Lincoln Tejota (PROS), afirma que a campanha trabalha com intensidade para ganhar a eleição ao governo estadual no primeiro turno, por não se basear apenas em pesquisas. Tejota aponta mudança no eleitorado goiano, procurando questionar mais as propostas e atuações dos políticos em cargo público. Para ele, eleição atípica advém dessa mudança no eleitorado e na redução dos custos de campanha. 

O resultado das pesquisas apontam Ronaldo Caiado (DEM) na liderança. Isso faz com que o candidato adote um discurso menos intenso do que o que ele tem, inclusive no Senado Federal?

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A gente não se baseia só nas pesquisas, as regras eleitorais estão mudando de acordo com o jogo e essa campanha é muito atípica. Uma campanha com modalidades de financiamentos vedados,  então é uma campanha que depende de doação particular ou de partido e isso limita os atos partidários, ações mais ostensivas. As campanhas estão ocorrendo em todo o Brasil de maneira mais tímida. 

A campanha tem chegado na Capital e nas cidades da Região Metropolitana. Qual a estratégia?

A campanha está chegando onde as pessoas estão mais indecisas, todas as pesquisas demonstram que a grande maioria do eleitorado indeciso está nos grandes centros como Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis, além do Entorno do Distrito Federal. Por isso que a campanha está focando essas áreas. No interior a política é muito acirrada, muito pessoal, o que tende a população a estar mais decidida nas pequenas cidades. 

O senador Ronaldo Caiado sempre foi um parlamentar de bastante embate com os pares do parlamento. O Caiado dessa campanha é diferente do que conhecemos?

Avalio que o Caiado, como qualquer político, a tendência é amadurecer. Ele se demonstra um candidato provado, maduro e que sabe dialogar, que conversa e escuta com a população. Antigamente vendia-se a ideia de o Caiado ser uma pessoa dura, que não escutava, desagregadora. E isso não é verdade. As pessoas que tentaram usar desses argumentos, utilizaram com o intuito de afastar as pessoas do Caiado. Mas a gente percebe que quanto mais a idade avança, mais você consegue perceber as coisas de uma forma diferente. Vejo no Caiado um homem preparado, capacitado, que tem sensibilidade e principalmente, que é apaixonado pelo nosso Estado.

Ronaldo Caiado fala em desenterrar um esqueleto que existe no Palácio das Esmeraldas. O senhor, que pertenceu a base durante muitos anos, acredita que exista algo a desenterrar?

Eu acredito que existe outra forma de se fazer gestão. Nós vimos um choque de gestão em 1998 e que trouxeram avanços, mas agora nós vamos ver muitos outros avanços também. Isso aconteceu no Brasil. Quando houve mudança de gestão para o PT houveram avanços sociais e isso é inegável. Da mesma forma que quando Fernando Henrique Cardoso (PDDB) assumiu houveram avanços econômicos no país. Então cada governante tem condição de dar seu foco, de dar sua pegada na gestão. Quando ele fala em desenterrar isso, acredito que seja mais uma questão de transparência, porque a população não sabe quanto é gasto com a polícia anualmente, não sabe o que é gasto com a saúde. 

O senhor participou da votação que aprovou a PEC do Orçamento Impositivo?

Não participei. Eu particularmente não sou favorável. Eu não penso que seja esse o caminho, eu tendo a pender para o lado do pensamento do deputado Luis Cesar Bueno (PT), que é um grande amigo, um grande deputado e defende muito a autonomia e o poder do Legislativo. Eu sou mais nesse resgate, mas não de aprovar algo que talvez não será cumprido, porque a gente não sabe a real situação do Estado, como vai estar o endividamento e a capacidade do Estado em arcar com isso. 

Pela PEC aprovada em primeira votação, 1,2% do orçamento do ano que vem seria dedicado às emendas dos 41 deputados estaduais. O pensamento do senhor é o mesmo do candidato ao Governo, Ronaldo Caiado?

Nunca conversei com o Caiado a respeito disso.

Será que ele pensando na possibilidade de ser Governador em 2019 não tenha receio em comprometer uma parte da receita?

Não sei, não discuti isso com o Caiado. Esse é um pensamento meu, que sou apaixonado pelo poder Legislativo. O principal poder que impulsiona mudança no País é o poder Legislativo e sou um defensor. Por ser um defensor, acredito que o caminho deveria ser outro.

O senhor falou da apatia do eleitorado, que questiona as propostas de forma geral. Mas as propostas, da forma que Caiado apresenta não são rasas? 

As pessoas insistem que só existe um jeito de fazer gestão em nosso Estado e não é verdade. Existe uma outra forma de  tratar com funcionalismo público, existe outra forma de encarar os problemas do Estado. E tem que existir, porque senão teríamos que acabar com as eleições e colocar um reinado aqui. Se for só a forma do atual Governador a de fazer gestão, pra quê estamos fazendo eleições? É uma forma diferente sim, de alocar os recursos de forma diferente, de tratar a saúde de forma diferente. 

O sentimento da campanha de Ronaldo Caiado é de vitória em primeiro turno?

É um sentimento de gratidão, de que o povo está acreditando em nosso trabalho e nas nossas propostas. A partir do momento que as pesquisas demonstram isso, a gente trabalha com isso. Todo mundo que é candidato trabalha para ganhar no primeiro turno, porque sabemos que o segundo turno é pesado, caro e atrapalha todo o desenvolver da população. (* Especial para O Hoje)

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