Tensões e estratégias na eleição de Taiwan: O jogo de longo prazo com a China

O debate eleitoral abrange questões além da geopolítica, incluindo inflação e habitação, enquanto partidos como o PPD enfatizam defesa e o Kuomintang (KMT) favorece o diálogo

Postado em: 29-12-2023 às 08h30
Por: Luana Avelar
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Campanha eleitoral em Taiwan segue a todo vapor rumo à eleição presidencial de 13 de janeiro. | Foto: Infogate

A península de Heng Chun, no extremo sul de Taiwan, enfrenta um aumento nas atividades marítimas e aéreas chinesas enquanto voluntários monitoram as fronteiras. A China intensifica pressões antes da eleição presidencial em Taiwan, desafiando décadas de acordo informal. A estratégia “guerra cinza” busca influenciar sem confronto, focando no governo taiwanês, defensores da independência e aliados EUA e Japão.

A eleição iminente, marcada para 13 de janeiro, tem a China visando o enfraquecimento do Partido Progressista Democrático (PPD). A presidente Tsai Ing-wen, apesar de rejeitada por Pequim, enfrenta um candidato considerado linha-dura na independência, William Lai. Questões além da geopolítica, como inflação e habitação, influenciam os eleitores, enquanto o debate sobre as relações com a China divide os partidos, com o PPD enfatizando a defesa e o Kuomintang (KMT) favorecendo o diálogo.

Num comício do PPD, Tsai é saudada por apoiadores, enquanto a ameaça chinesa não intimida simpatizantes. A batalha eleitoral se desenrola em meio a questões geopolíticas e domésticas. Além disso, a China, através de propaganda eficaz, mira especialmente os mais velhos e agora direciona esforços para atrair jovens descontentes. A estratégia chinesa transcende a eleição, visando um acordo de paz sem conflito armado como verdadeiro objetivo estratégico a longo prazo.

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